segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Novos olhos

Que coisa mais batida essa de fazer o tal balanço final, né?
Que treco mais besta ficar vendo o que passou, o saldo, os próximos planos pro ano novo, a agenda nova, as resoluções e tals.

Pois eu amo muito essa bobagem toda!!!
Vou fazer o tal balanço aqui e chatear vocês.
2008 foi pra mim um ano e tanto. Muita coisa mudou, passei maus bocados, bons bocados e tal tal tal. Mas o que mais ta me agradando nessa história toda é que me sinto hoje outra pessoa. Hoje quem olha pra trás é alguém completamente diferente daquela pessoa que olhou pra frente em dezembro passado.
Isso é o máximo!
Resolvi preencher as seguintes questões que perguntei a mim mesma:
.Eu não mais... Desperdiço tempo ou grana com coisas popuco importantes, nem durmo mais até meio-dia aos domingos e nem chego atrasada a compromissos.
. Eu passei a ver... Que dificuldades e desafios estão aí pra nos fazerem melhores e mais fortes e que fugir deles é bobagem.
. Passei a valorizar... Momentos meus, quando posso ficar sossegada e fazer o que estiver a fim, não me obrigo mais a dar conta de tudo ao mesmo tempo.
.Eu passei a fazer... Quase não uso o carro, me preocupo e me empenho mais em guardar grana, levo a malhação mais a sério (ainda não tá bom, mas tá indo, rs!)
. Eu ainda... Quero ter gatos mesmo sendo alérgica. Ainda tenho medo de avião.
. Eu cheguei à conclusão... Que tudo na vida leva tempo, mas que não existe espera quando usamos o tempo a nosso favor.
. Eu esto a caminho... De ser menos ansiosa, menos distraída, mais tranquila.
. Eu aprendi a... A ter mais paciência, a enxergar na frente, a antecipar problemas, a resolver logo as coisas chatas.

E aí, e vc?

Ah! Feliz Ano Novo, que nada!

Prefiro esse aqui:
"(...) todo amor que houver nessa vida
e algum trocado pra dar garantia(...)

Nat

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Presente de Natal


Quem disse que presente de Natal só serve se for embrulhado, debaixo da árvore? Minha mãe me mandou essas fotos aqui e pra mim foi o maior presentão, ver a barriga do meu gato gordo! Que saudade dele!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Papai do céu me dê paciência

Não pode falar no celular, nem manter o celular na mesa, nem mandar ou receber mensagem de texto
Não pode usar as unhas vermelhas, pretas, marrons, etc
Não pode mais de um brinco em cada orelha, nem piercings, nem tatuagens à mostra
Não pode conversar com as colegas
Não pode ir ao banheiro sem pedir licença, sem antes saber se pode
Tem que usar uniforme
Tem avaliação toda semana, com pontuação, comparação e prêmio pelo bom desempenho
Tem alguém pra fiscalizar quem está fazendo o quê, o tempo todo

Colégio interno?

Não, esse é o lugar onde eu trabalho.

Não,eu não estou sonhando nem exagerando. Não precisa nem comentar.

Nat

domingo, 7 de dezembro de 2008

Cheers !!!


Comemoramos ontem um ano de Austrália, com uma festinha aqui em casa - com direito a marido bêbado no final, fazendo a alegria dos convidados - falando embolado, misturando inglês com portugês, babando cerveja na camisa, repetindo frases, oferecendo bebida toda hora pra quem já tinha dito que não ia beber mais "Beeebe mais, tem certezzzza? Essssse vinho é muito bom, hic!"

É o que eu sempre digo: De que adianta ele ficar bêbado se eu não posso me divertir às custas dele no dia seguinte?????




















terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Perguntas cretinas

respostas desejadas, ah como eu queria!
*as perguntas são verídicas.


HC = hóspede chato
E = eu


Trim trim..
.






Hc1: Bom dia, eu queria fazer uma reserva.

E: Vou pensar no seu caso, ligue mais tarde.
......................................................................................................... Hc2:Eu gostaria de fazer uma reclamação, é que...
E: As ligações para reclamar já se encerraram. Ligue amanhã.
.........................................................................................................
Hc3: Isso tudo? Mas o hotel "tal" cobra bem mais barato!
E: Ótimo, hospede-se lá! Eu nem queria fazer reserva pra vc mesmo! .........................................................................................................
Hc4: Você pode olhar um desconto melhor pra mim? Ou um quarto melhor pelo mesmo preço?
E: Por que eu deveria? .........................................................................................................
Hc5: Eu quero aquela tarifa naquele quarto X, não aceito pagar mais que isso.

E: Só se você pedir com educação.
.......................................................................................................... Hc6:Mas meu colega tá pagando menos que isso! Como pode?
E: Claro, ele é legal, você é um mala. ..........................................................................................................
Hc7: Não tem desconto pra empresa no fim-de-semana?

E: Depende, só se você prometer que vem pra trabalhar. Vamos ficar de olho, ok? Não tente dar uma de espertinho!!! ........................................................................................................
Hc8: Eu quero um quarto pra dois casais, pode ser?

E:Cruzes! Aqui num é motel não! É Hotel, viu? HO-TEL! .........................................................................................................
Hc9: Estou esperando pra ser atendido há horas!!!!!

E: Porque você é um trouxa! Você não tem mais o que fazer não? .........................................................................................................
Hc10: Como assim? Tem certeza de que não tem nenhum quarto sobrando? Tá tudo reservado?

E: Não, não tenho certeza, eu sou idiota e falo coisas sem ter certeza. .........................................................................................................
Hc11: Eu não vou desligar enquanto não falar com o gerente.

E: Ihh! Ele tá acenando pra mim lá da sala dele, dizendo que não vai falar com você de jeito nenhum!
..........................................................................................................
Hc12: Mas isso tudo? Eu trabalho pra empresa Z, que tem tarifa especial!

E: Porque não falou antes, seu filhote-de-cruz-credo? Tá achando que tenho o dia todo?
..........................................................................................................
Hc13: Ah, o quarto tem vista pro mar, mas é uma vista boa?

E: Não, depende, tem dia que o mar não aparece, não posso garantir.
..........................................................................................................
Hc14: Meu chefe pediu o quarto tal, no andar tal, em lugar silencioso, e tem que ser.
..
E: Cara, mas ele é chato, hein? Como é que você aguenta? .........................................................................................................

Tu tu tu tu
Ah!

Só fazendo graça mesmo. Porque hotelaria sem ironia não dá pra levar.


Nat

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Resposta

Éramos dois estranhos quando a gente se beijou pela primeira vez e mal trocamos meia dúzia de palavras naquela noite. Ele me carregou pro carro porque a sandália machucou tanto meus dedos que até hoje, cinco anos depois, um deles é meio lesado.
Fato foi que ele até tentou, mas pelas palavras dele hoje, eu não quis saber dele naquela época. E seguimos por quatro anos, caminhos opostos. Ainda nos víamos na turma, que é a mesma até hoje, mas pra mim ele era aquele cara metido, que não dava muita conversa e com quem eu nem tinha muito assunto .
Numa sexta-feira de abril, em 2007, tomei bolo de uma amiga e fiquei com convites de uma festa achando que aquele não era mesmo meu dia. Tentei outros amigos, mas todo mundo já tinha outros planos. Lembrei dessa figura, que tava de volta à BH, depois de um ano nos EUA e pensei que... sim, talvez... ele podia ser uma boa companhia... será? Será. Ele topou. Olha que eu nem fui com segundas nem terceiras intenções (sou uma mocinha beeem modesta, humilde), afinal, nem achava que depois de tanto tempo ele podia querer qualquer coisa.
A festa nem foi lá tão boa, mas ele foi a boa nova da noite. Aquela coisa que acontece e de início a gente acha que não vai pra frente, que daquele mato não sai coelho e etc.
Mas tudo mudou, tudo.
Eu queria estar perto dele, eu queria aquela companhia, aquele sorriso, aqueles beijos. Quizemos. Negávamos em frente aos amigos "num tem ninguém namorando aqui não!"
Eu lembrava, às vezes, que ele tinha dito naquela sexta-feira sobre um convite futuro que recebera, pro fim do ano, de ir morar e trabalhar na Austrália. Aquilo me dava calafrios, mas eu evitava pensar. E raramente falávamos nisso.
Ele viajou pra Europa em julho e dias depois fui tomar cerveja com um amigo, que sempre muito sincero, alertou que no final daquele ano eu estaria diante de um desafio, ou de uma despedida. Brindamos com as latas quando disse que estava disposta a encarar o que viesse, pois eu queria ficar com ele. Engoli seco, só de imaginar no tudo que era aquilo tudo.
Um mês depois e a notícia do tal convite. Era uma terça-feira e íamos ver um show de blues. Ele tinha as feições pesadas e eu só chorei, não falei nada. A seguinte pergunta surgiu quando ele me olhou nos olhos: "O que você acha de vir comigo?"
Eu já tinha a resposta.
Fomos comemorar no show de blues.
E no domingo seguinte, ele estacionou o carro no meio-fio, tocava Jimmi Hendrix e tive que abaixar o som do carro: "Peraí, o que foi que você disse?"
"É isso mesmo que você ouviu, quero saber se você quer se casar comigo"
Havia uma aposta na turma. Eu encabeçava a lista de quem ia casar primeiro e ele era o derradeiro. A aposta ficou elas por elas
A gente ouve de tudo quando resolve se casar assim do nada. Só não ouve o quanto é certa a sensação de estar diante da melhor coisa que já te aconteceu. Essa eu confiei nela. Não existia e até hoje não existe nada comparado à felicidade que sinto do lado desse mocinho.




Nat











A caminho da Austrália
















Mas em turma, o respeito é zero!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

É tanto,

mas tanto, que prefiro nem começar. Ele vai falar por mim:

"Olha lá quem vem do lado oposto
E vem sem gosto de viver
Olha lá que os bravos são escravos
Sãos e salvos de sofrer

Olha lá quem acha que perder
É ser menor na vida

Olha lá quem sempre quer vitória

E perde a glória de chorar

Eu que já não quero mais ser um vencedor,
Levo a vida devagar pra não faltar amor

(...)

Eu que já não sou assim
Muito de ganhar

Junto as mãos ao meu redor

E faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz
."

(O vencedor - Los Hermanos)


Xá prá lá,

Nat

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Samba do avião

Toda vez é a mesma novela.
Eu clico em "Emitir bilhete" e a aflição que ali se inicia só termina na viagem de volta, quando o passarinhão aterrisa em casa.
Eu não gosto do barulho, do espaço (hein, espaço?), dos sacolejos, do aviso sonoro de apertar os cintos, embarcar, acelerar as turbinas, dos comissários de bordo, o serviço de bordo, o desesero a bordo.
Aquilo é uma tortura, um aperto no coração.
Garganta fechada, mãos suadas.
Não importa que seja rápido, tranquilo, sem dramas. Eu vejo passar cada segundo no relógio, cada nuvem pela janela, rezo para que acabe logo, ou para que eu pelo menos me aguente até lá.
Ele ganha os céus e é só um passarinho, à mercê de qualquer coisa que venha ao nosso encontro, desde "turbulências inesperadas, de céu claro ou de dias nublados", a um mecânico relapso que não viu um fio descascado ou qualquer perrengue que nos transforme em poeira em segundos, ou em um punhado de traumatizados depois de um pouso de emergência.
Sou só uma formiguinha naquele ceu gigante, presa naquela cabine, desejando um pára-quedas, mais que um remédio pra me anestesiar até o fim da viagem.
Aí lembro da passagem pro Brasil, que já tá comprada... Lembro também que quero rodar esse mundo todo...
E pergunto, querendo fazer graça: "Num dava pra ser de navio não? Ainda não inventaram um trem-bala-submarino? Que absurdo!!"
Sim, porque nadar eu sei, mas voar... ainda estou atrás de lições básicas, pelo menos.

Ah!A viagem a Melbourne foi linda!!! Passem no meu orkut pra dar uma olhada!

Quando eu crescer, não vou ter medo de avião.

Nat

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Red Bull te dá pilhas

Sim, porque hoje eu não podia ter asas, não pude desgrudar a bunda da cadeira mesmo (ainda acho que ainda vão me dar uma sonda pra eu não ter que levantar sequer pra ir ao banheiro qualquer dia desse), mas enfim...
Tava acabada pela manhã, aí tomei dois Reds Bullsssss e virei a funcionária mais super-ultra-energética, com uma disposição sem fim, exemplo de motivação e empolgação. Os hóspedes me amam, todos. Vendi pra caramba, meu chefe me elogiou e tals...
Foi o Red Bull, com certeza, rsrs.
No meio da tarde senti até tremedeiras... ops, overdose. Misturei com unssss cafésssss, deve ser isso.

To ligada ainda!

Que horas vou conseguir dormir? Que horas passa o efeito??????

Desliga, trem!!!!!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Meu erro

Ontem, troquei figurinhas com uma amiga sobre um assunto espinhento pra mim, chamado satisfação profissional. Coincidentemente, tenho pensado um bocado sobre isso ultimamente e tenho chegado a várias conclusões, enquanto abandono outras pelo caminho.
Sei que vou mudar de área, sei pra onde vou, mas ainda não consegui entender o que me fez fazer uma escolha tão errada (até pra não cair em furada semelhante outra vez, Deusmelivreeguardeamém!). Não estou falando de culpa, mas queria entender de vez o que me levou a isso e me desandou nesse caminho onde não mais me vejo, onde não colho a tal satisfação por mais que tenha tentado. Sei lá, a gente às vezes simplesmente não se encaixa, mesmo que se obrigue arduamente.

Aí achei (pra variar) esse trecho num livro que estou lendo:

"Acredito sim que dizes o que penses agora;
Mas aquilo que decidimos, não raro violamos.
O propósito não passa de servo da memória,
De nascer violento mas fraca validade,
E que agora, como fruta verde à árvore se agarra,
Mas quando amadurecida, despenca sem chacoalho.
Imprescindível é que nos esqueçamos
De nos pagar a nós mesmos o que nos é devido.
Aquilo que a nós mesmos com paixão nos propomos,
A paixão cessando, o propósito está perdido.
(Shakespeare - Hamlet)

... Cara, como tenho pensado nisso ...

Nat

sábado, 1 de novembro de 2008

"Tá" - pra não render

Sou uma franga e ainda tenho um bocado que ver da vida até dizer que sei de alguma coisa.
Mas tem certos assuntos que me fazem ser macaca velha o suficiente pra saber que devo manter minhas mãos longe de algumas cumbucas.

Muita experiência nem sempre significa esperteza pra discernir essas tais cumbucas.
E eu continuo a crer que tem coisa que é melhor não dizer, pra não perder a amizade, ou o dia, ou a dignidade.
Então tem coisas mesmo que não digo, em nome da minha paz de espírito.
Porque além das cumbucas, em merda que se preze não se mete a mão também.
Basta chegar perto pra sentir o drama. Eu quero é distância.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pimpolhos e eu


Olha, não dá.
Eu não tenho a mesma reação que 99% das mulheres têm ao ver um bebê ou criança pequena. Eu não me comporto de maneira maternal, não fico babando em cima, eu não vou lá, não pego no colo, não fico balbuciando guti-guti bilu-bilu e tolices afins. Eu não acho a coisa mais linda do mundo e nem quero um pra mim!!! Pronto, falei.
Na minha infância eu curtia cuidar dos meus primos mais novos... Mas eu era criança então não conta, afinal, eu também gostava de mais um tanto de coisa que não gosto mais (tipo comer sabonete, usar franjinha e assistir Xou da Xuxa). Enfim... esssas coisas passam e meu apreço por crianças ficou no passado.
Fato oportuno é que eles não se simpatizam com minha pessoa também.
Sempre acho que me olham encarando, de um jeito estranho (alguns até choram em seguida, sem que eu nem faça caretas) e eu fico incomodada. Fico sem saber o que dizer pra eles nessas horas. Inevitavelmente eu penso comigo: "Pára de encarar moleque, desiste, não vou te dar idéia não!"
Me senti um ET lá no escritório essa semana, quando tudo ficou às moscas por uns minutos porque uma ex-funcionária chegou lá com a cria recém-nascida dela e eu continuei lá entretida com meus formulários.
Mas eu sou uma pessoa legal apesar disso, juro.

Não assusto as criancinhas,

Nat

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aleatórias

e amenas.
Não espere nada demais desse post. Vá para o próximo blog se não quiser ler amenidades. Escrevi no bonde a caminho do trabalho e finalizei no ônibus a caminho do supermercado.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Acordei, tomei café e fiz chapinha às pressas. Calcei uma rasteirinha ao invés do all star. Tava chuviscando lá fora, então peguei o guarda-chuva. Mas os chuviscos vieram de todos os lados. Inferno! Como pode?
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Tenho tido sonhos estranhos ultimamente. Sonhei com papéis de carta noite passada. Daqueles que a gente colecionava. Sinistro.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Ele nunca sabe onde tá nada. Onde deixou, largou, jogou, esqueceu. Toda noite é o short de dormir. Essa manhã foi a carteira. Amar é... sugerir onde possam estar as coisas pra ele procurar!
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Em breve, no bonde, vão me cobrar passagem pela bolsa gigante que carrego pro trabalho. Tem marmita, livros, caderno, canetas, nescessáire, etc. A bolsa quase ocupa todo o assento do meu lado no bonde. Mas ainda assim as pessoas insistem em sentar-se do meu lado, mesmo com lugares vagos. O que eu faço? Diminuo ou aumento a bolsa?
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Estou usando minha franja de lado ao invés de partida no meio. Tem dia que fica bom, fico até feliz, achando que meu cabelo é bom. Mas tem dia que fica um ebó, um boi lambeu. Tipo hoje.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
O que vou escutar no iPod? Tem dia que é difícil escolher, né? Pulei Led porque é muito rockn'roll pra segunda de manhã. Cássia Eller é tupiniquim demais pra antes do trabalho. Pearl Jam é pau pra toda obra. Não resisti a "Daughter" quando começou a tocar. O vozeirão dele me deixa feliz também.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Combinei com o Rodrigo que vou comprar enfeites de Natal. Eu não gosto de Natal, mas adoro os enfeites! Ele tá com medo que a casa fique parecendo uma vitrine de shopping. Xá comigo!
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Tive ânsia de roubar o gato (fofo) da vizinha hoje cedo. Mas passou. Ele me olhou com aquela cara de gato (irresistível).
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Na segunda-feira o inglês tem que ser parido. Enferruja por causa do fim-de-semana e o português quer sair como que num soluço. Ê lasquera!

Foi-se a segunda-feira.

Beijos,

Nat

domingo, 26 de outubro de 2008

Ãnh? Unh... Ahn, tá.

Depois de quinze dias de experiência no meu novo cargo, posso dizer que realmente (e finalmente) estou tendo mais contato com o que de fato são os costumes australianos. Anteriormente eu só lidava com "não-australianos" de toda sorte.
Já trabalhei em ambientes escritoriais antes, e não menos que os outros, este daqui também tem suas particularidades e suas diferenças, também não menos notáveis.
*Mesinhas enfeitadinhas - maioria mulheres, mesas enfeitadas, bichinhos, fotos e mais fotos... um trailer de cigano!
*Ninguém rouba canetas e etc de ninguém. Isso é novo pra mim! Você não precisa pregar seu nome nas coisas!
*Não tem cafezinho :( deprê total. Nem tem uns minutinhos de intervalo pra lanche nem afins.
* Nem todo mundo almoça nem sai pra almoçar. Meia hora (não remunerada) de almoço, só. Eles não ligam muito pra almoço (a principal refeição é o jantar) e todo mundo leva porcarias (sopa em pó, shakes, e um punhado de besteiras pra beliscar o dia todo).
* Sou a srta. saudável porque levo meu rango e minha salada (eles ficam maravilhados), como se fosse a coisa mais difícil do mundo de fazer. Cada olho grande na minha comida...
*Falando em comida... ninguém oferece nada pra ninguém não. É cada um com seu cada um. Não acostumei com isso, ainda acho falta de educação.
*Desperdício de papel... igual ou pior que no Brasil.
* Ninguém comenta as notícias, ninguém assiste e nem lê jornal, ninguém sabe o que se passa lá fora, nos outros continentes. Mas atreva-se a perguntar sobre a última da Britney Spears e ficará maravilhado com a atualidade da informação.
*Ninguém fala uma segunda língua. Poucos têm mais de trinta e acham que já estão velhos pra aprender... Sem comentários.
*Ninguém pergunta nada da sua vida, ninguém quer saber de onde vim, pra onde vou, como é que é e blá blá blá.
*Ninguém vem aspirar o carpete, nem passar pano e nem recolher o lixo. Eles não estão nem aí pra limpeza meeeesmo. Limpe você mesmo a sua mesa se a poeira te incomodar.

Vou colecionar mais coisinhas pra contar, tô sem tempo pra caramba, snif!
Nem deu tempo de pesquisar uma figura bacana pra colocar nesse post. Ê dureza!

Saudades de estar mais por aqui!!!

Nat

sábado, 18 de outubro de 2008

Bêbado é foda

Conto nos dedos as vezes que tomei porres.
Ocasiões memoráveis como o porre inaugural, formaturas, términos de namoro e afins.
Ontem foi outra. O laboratório do Rodrigo ganhou mais uma grana boa pra pesquisa, essa semana foi aniversário dele e eu fui promovida... Motivos em bônus culminaram em uma bebedeira fenomenal.
Se a comemoração é boa, nem penso em comer e aí a coisa vai descendo a ladeira igual caminhão sem freio... como foi ontem...
O problema é que eu sou o tipo bêbada emotiva, sabe? Quando a vaca vai pro brejo (e eu pro banheiro abraçar a "Celite") esqueço a comemoração e abro o bué, por qualquer motivo que seja. Também me encaixo no tipo bêbada educada - peço desculpas se dou trabalho pra alguém um milhão e meio de vezes, agradeço agradeço, agradeço... Não existe bêbado que foge do ridículo, né?
Outro pobrema ainda mais sério é que eu não devolvo ao mundo o álcool que aflige meu sangue - explicando, eu tenho problemas sérios, somáticos e inexplicáveis com a palavra "vomitar" e a coisa simplesmente não acontece. Eu fico ali sentada naquele chão frio, arrependida e amargando cada miligrama etílico passeando enlouquecido nas minhas veias. Até que chega uma hora que tudo pára de rodar eu eu vou dormir (o que pode levar horas, dependendo da amplitude do desbunde).
De repente, depois de um bocado de vinho (uns bons outros detestáveis, que só se toma em conseqüência da seqüência) e sem nenhuma comida, me vi ortodoxamente bêbada, a caminho de um restaurante tailandês (acredite, sóbria eu jamais toparia essa aventura gastronômica). As curvas que o carro fazia estavam longas, estranhas, a estrada balançava que nem navio... Uhn... nada bom. Me sentei por trinta segundos à mesa, olhei rapidamente aquele cardápio estranho, e parti determinada mas em direção ao banheiro. E lá fiquei, achando que ia morrer (sim, nesse estado eu sempre acho que vou morrer). A namorada do nosso amigo foi lá me ver, não consegui explicar direito o que tava sentindo (como falar inglês é difícil nessas horas!), depois foi o Rodrigo e eu supliquei "Amor, chama a ambulância, chchahama a ambulância."
Ele me levou até lá fora (só de pensar em sentar pra jantar eu me contorcia) e lá fiquei o resto da noite. Fui socorrida também por uma amiga que levou água, conversou comigo, e eu, claro chorei (aiaiai). Aí todo mundo te dá uma dica caseira de cura-bebedeira "Bebe bastante água, blá blá blá..." Básico.
Voltei pra casa, levei uma tigela da cozinha pro quarto (vai que num dá tempo de correr pro banheiro...), mas que nada, nada acontece. Mais alguns minutos no banheiro e depois voltei pra cama (com a tigela). Sigo a dica de um amigo bebum - se você deita e a cama roda, não deite, fique recostado e coloque um dos pés no chão. Complexo, requer alguma concentração no início, mas funciona. Dormi de roupão, toda torta, com a luz acesa... uma lástima.
O saldo nunca é positivo... minha ressaca é sempre moral e começa antes do dia seguinte. Me sinto um lixo, uma vergonha, um traste, lamentável.

Ah, mas já passou.

Irc,

Nat

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A Revolta de Amélia II

Ela se zangaria comigo, com certeza.
Até eu me irritei, quando, atrasada pra trabalhar hoje de manhã, tive que catar uma roupa pra vestir às pressas no meio disso aí.


Chame esse furdunço do que quizer.
Amélia me xingaria de relapsa-relaxada-descuidada-preguiçosa e por aí vai.
Eu chamo de QUINZEDIASSEMTEMPONEMPRADOBRARROUPALAVADA.

Agora que já fotografei e documentei... unh... não, amanhã eu dobro.

(Não sou fã de ficar aqui postando amenidades sobre a vida doméstica, mas tem hora que é irresistível não contar o quanto consigo me atrapalhar com esses pormenores...)

Dobrando,

Nat

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"Os meus sonhos"


"Eu procuro acordar e perseguir meus sonhos (...)"

Sempre, sempre.

A missão Quartos de Hotel I foi encerrada e dei início à outra nessa semana.
Essa missão foi desejada desde antes de chegar aqui, foi planejada, perseguida e alcançada.
Eu não poderia estar mais satisfeita com um resultado alcançado.
Tá sendo desafiador e enriquecedor, como a primeira também foi.


Muito ainda há de ser feito e vou levar até onde quero chegar.
Desafios fazem a gente crescer, planos fazem a gente evoluir.

Pela primeira vez sei pra onde ir e não vou parar.

Hoje olho no espelho nada além dessa música me vem à cabeça:

"Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais
De ti (...)"

Nasi

domingo, 5 de outubro de 2008

O sonho

(É ler pra crer...)

Acordo. Segunda-feira. Feriado, mas tenho que trabalhar.

Tomo café, atrasada. Carona pro bonde, beijinhos, tchau, te ligo mais tarde.
Fazendo a sombrancelha no bonde, pensando nos quartos bagunçados que ainda me aguardam nessa semana, antes da troca de cargo...

O celular toca:
Alô, Natália? Era a supervisora.
Onde você tá? Já saiu de casa?
Sim, mas ainda tô no bonde, porque?
Porque não é pra você vir trabalhar hoje, me enganei ontem quando conversamos.
Tudo bem por você? Tá muito longe de casa já? Me desculpe!
Que nada, tudo bem, tô perto ainda!

Deço do bonde, atravesso a linha pra pegar outro voltando.
Sento, respiro fundo, sorriso! Me dou um beliscão. Nada, não acordo.
Não era um sonho!!!

Aconteceu de verdade! :))

Hoje é Labour Day, feriado nacional na Austrália. Agora, feriado pra mim também, hahahaha!!!!

Dando pulinhos,

Nat

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Quem acredita


sempre alcança!

PROMOVIDAAAAAAAAAAA!!!!!!!

Acabei de ficar sabendo! Em primeira mão!
De camareira para agente de reservas!

Em êxtase!

Nat

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Abstinência



Machuquei a mão segunda-feira, arrumando uma cama idiota qualquer. Não dei importância. Terça-feira acordei e todas as minhas juntas rangeram de desespero. Tomei café e voltei pra cama, decidida a não mover a minha pobre carcaça dali, pensando: o que direi à chefe-mor-louca?
Maridão (incrível!): "Sua mão não tá meio doendo? Então, diz que vc vai ao médico, que vc machucou". Genial!
Mais genial ainda é o médico dizer que preciso dar descanso ao músculo pra que ele melhore.
Foi a frase do ano, não?!?!?
Estou de licença desde terça, volto a trabalhar só na segunda.
Meu corpo tá desacostumado a não correr uma maratona todo dia, logo, tudo ainda dói. Abstinência, só pode ser.
Mas tá tudo lindo, tô achando tudo uma maravilha!

Nat,

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Celebrate we will!

Vamos por partes, tem um bocado de coisa pra contar!

Parte I - tirando a auto-estima da cova
Se Deus existe mesmo e se é que ele tem um tempinho na agenda dele pra mim, acredito que foi ele quem me mandou essa, depois de ter me visto tristinha dias atrás (pelo evento do último post). Escuta só:
Quarta-feira passada participei de um treinamento lá no hotel, só para as camareiras. Simplificando, a coisa era pra que a gente não ficasse boiando a respeito dos pacotes de lazer que o hotel oferece (na verdade, só pra não dizer que a gente não sabe!). Lá estava eu, entendiada e blá blá blá, chato e blá blá, inútil e blá blá... No fim do treinamento tínhamos que simular como se fôssemos o agente de reservas do hotel, numa situação sobre a qual deveríamos decidir qual dos pacotes seria o mais aconselhado para um hóspede fictício e etc. Pimba! Caiu no meu colo a aportunidade de (finalmente!) mostrar pra gerente de treinamentos que eu não sou qualquer mané não! Lá fui eu, até ser interrompida por ela, com surpresa e olhos arregalados: "Você já fez isso antes, tenho certeza!" Enfim...
Seguiu-se naquela tarde um telefonema do RH deles me convidando a participar da seleção interna para agente de reservas. No dia seguinte lá estava eu, preenchendo o formulário de inscrição pra entrevista. E cá estou eu, hoje, aguardando a entrevista ser marcada.
Não tô muito empolgada não, pois não sei quais são minahs chances e não quero me frustrar caso não dê certo. Mas vou tentar, óbeveo!
O que realmente me deixou feliz foi sentir pela primeira vez, desde que cheguei aqui, algo chamado reconhecimento profissional. Finalmente alguém viu com os próprios olhos e acreditou que eu realmente já fiz tudo aquilo que tá lá no meu currículo. Talvez desta vez eles até tenham o conferido com um pouco mais de cuidado e interesse.
Vamos ver no que dá. E mesmo que não dê certo agora, quem sabe numa outra oportunidade.
Minha vó diz que tudo na vida tem sua hora. Que venha na hora certa, é só o que eu quero!

Parte II - Bodas de Papel
Um ano de casados jáááá! Passou rapidim, igual qualquer coisa boa que passa sem que a gente se dê conta!
Pra comemorar, passamos o fim-de-semana em Kangaroo Island, a 1h de carro e mais 1h de ferry daqui. Foi tudo lindo lindo lindo lindo! Tudo no lugar prende a visão e dá vontade de voltar!

Os nativos da ilha! Quase embrulhei e levei pra casa!

Todo o azul do mar
Azul azul como nunca vi!

Todo amor que houver nessa vida!

Te amo, lindeza!!!

O cabelo mais embaraçado da década!

Inventei a expressão: "Dormir como uma foca"!
Olha isso!


Planejando a próxima,

Nat


domingo, 21 de setembro de 2008

Não é ninguém não

Era sexta-feira e eu me sentei feliz pra almoçar.
Nas mesas separadas daquele refeitório não tinha mais ninguém com quem, aparentemente, elas poderiam dividir seu horário de almoço sem se sentirem "constrangidas". Se sentaram à mesa comigo e... nada, nem "com licença".
Minha experiência passada já me dizia que os narizes eram tão empinados que as incapacitavam de olhar nos olhos de "desconhecidos".
Minha experiência atual agora afirma que o nariz chega a lhes tampar a vista e enebriar os boas maneiras. Levantei-me pra voltar ao trabalho e não obtive resposta ao meu "com licença e boa tarde pra vocês". Sorrisos amarelos brotaram.
Barreiras às vezes surgem quando você veste o uniforme de quem limpa quartos e lava banheiros, lá naquele hotel. Podem se erguer ainda mais altas quando você ecoa algum sotaque no vocabulário e tem um nome desconhecido no crachá.
Se isso pra algumas pessoas aqui é o suficiente pra definir limites de convivência, pra mim é suficiente pra querer ficar do outro lado da cerca mesmo, porque nada se perde de quem nada de bom tem pra dar.

Nada sabem sobre mim, mas sei o quando mais tenho de idade, experiência e estudo ,anos-luz à frente delas. Sei o quanto poderia dar a mais (além de quartos impecáveis) e penso o quanto perdem em não me darem a oportunidade de mostrar. Mas prefiro ficar do lado de cá da cerca.
Revoltas e frustrações à parte, não vou querer consertar as pessoas mesmo. Educação vem de berço, já dizia meio milhão de pessoas lá de onde venho.

Nunca me senti separada de ninguém nos lugares por onde passei e trabalhei e sempre tive prazer em me relacionar com todo mundo.
A gente só tem a ganhar quando sabe que estamos todos no mesmo barco, e que não se é melhor que ninguém.
...
Mas não consigo agora deixar de pensar o quanto sou melhor que elas.



No meu nome falta acento, mas ainda sou eu e não sou nada a menos por isso...

Indignada em vão,

Nat

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Terceirizar Amélia


Assim que for possível, se Deus quiser e as condições permitirem.
Olho a casa e penso que Amélia não passou por aqui.
E se toda mulher tem um pouco dela, o que tenho é uma prima de terceiro grau dela, bem fajuta.
Ela habita meu lado de prendas domésticas. E ela é bem mais ou menos.
Logo, a casa tá como tá.
Varrida pra não dizer que tá suja.
Cama esticada pra não dar aquela impressão horrorosa de alguém que tá chegando nos trinta sem gostar de arrumar a cama (o que é verdade) até hoje.
Vasilhas lavadas pra eu não me perder na cozinha.
Roupa lavada pra que a gente não nade nelas, transbordando do cesto quando entramos no banheiro.
Se arrumação tem estilo, o meu é básico. Aquele despretensioso "num repara não!"
E não suporto a espressão "dia de faxina", a não ser que seja feita pela Amélia terceirizada (aí é legal!).
Faço a prestações o que o tempo me permite e meu humor também, na hora que quero e do jeito que me der na telha no momento.
O Sr. Meu Marido não liga que bichos grandes comecem a brotar dos tufos de poeira ou qualquer coisa que se acumule conviva debaixo do mesmo teto que ele. Ainda não sei se isso é bom... unh, talvez.
Tudo isso porque prefiro viver numa arrumação mais ou menos do não ter tempo pro resto que é mais divertido na vida.
Porque nem Cinderela gostava de ser abóbora...

Amélia se revira no caixão depois dessa. E eu num tô nem aí!

Nat

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Co-autor

Porque na vida a gente não faz nada sozinho...
Porque a gente não é nada sozinho, nem ninguém veio do nada.
Então, mais uma do meu pai, pra preencher esse espaço aqui que é meu, mas que adoro recheá-lo com contribuições geniais daqueles que fazem parte de mim.

"Quanto tempo vai durar esta fotografia digital ? Quanto tyempo vai durar este cD , com tantas imagens , tantas informaçoes e lembranças? Onde esta guardado as milhares de imagens , idéias e bobagens escritas todos os dias na internet ? Onde foi parar aqulo tudo que pensava há alguns anos passados ? Será que tudo que foi escrito , durante os meus anos de vida , só interessavam a mim ? Guardaram em que lugar as piadas , as propagandas e imbecilidades virtuais ?
As estantes foram abolidas dos apartamentos , tornando assim o ambiente ¨clean¨, organizado e sem poeira . Uma pane no computador apagou as imagens da sua primeira festa de aniversário ? do casamento ? O photo shop , tira sempre o branco dos meus cabelos . Compro pela internet, trabalho no computador ligado há vários lugares do mundo . Não preciso sair de casa . Vejo os amigos pela Web can . Fecho as cortinas paara a luz do dia , não interferir na imagem do monitor . Não vejo mais o sol .
Um dia quando acoirdei , vi que havia virado um tomaguchi .
Franz Kafka , diria que eu era um outro Gregor Sansa que virou uma barata . Pelo menos as baratas comem,causam pãnico, cruzam . Sou apenas um Tomaguchi , apertando o botaozinho começo a rir , cantar
Por favor eu quero virar uma barata ."

*desenho by Mamys

Todos os créditos e beijos meus para os co-autores!

Nat

sábado, 6 de setembro de 2008

Adaptar-se


aos muitos momentos pelo qual passamos é exercício de paciência e sabedoria. A vida é feita de momentos, porém, mais que isso. Nós somos feitos de momentos.
Não somos um pedaço só, não somos planície. Somos montanhas com vales e picos, estradas que cortam e rios que seguem.
Cliché? Verdade, eu diria. Verdades são clichés, estão por toda parte. A gente é que tem que se virar com elas.

Me chateia não estar sempre numa boa, numa ótima. Porque a saudade me espreita na esquina, a caminho de qualquer lugar.
Não posso negar o isolamento, a solidão que às vezes sopram na minha cara como vento desavisado.
Isso me coloca em momentos, subindo e descendo os morros.
Não tenho paciência pra eles, fico irritada como criança que luta contra o sono. Tempo perdido, eu sinto.

Ou talvez se eu me cobrasse menos de estar sempre nos picos e nunca nas descidas, o próximo pico não pareça tão distante.
Mas tenho raiva desses momentos, queria controlá-los, evitá-los. Ansiedade para que passem, para que se resolvam por si mesmo. Não há nada além de esperar, na maior parte das vezes, para que os pedacinhos se juntem e eu me sinta mais forte, menos despedaçada.
Motivos para sorrir e concluir que sou feliz, sim, tenho vários. Mas os pedacinhos estúpidos que se soltaram nesse momento são cegos a isso.
Um pedaço aqui, outro aí.

Não tô a fim de dizer que não.
É assim que estou.


Nat

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O adeus ao caderninho

Meus caderninhos onde anoto as sandices que coloco aqui (ou não, hehe!) são companheiríssimos. Fico triste quando algum deles chega ao fim. É bom começar um caderninho novo, eles são como "novas fases".
Então esta é uma postagem póstuma (hihi) ao caderninho verde que chegou ao fim semana passada.
Ele agora descansa no gaveteiro do lado da cama, junto com seus outros colegas. Servirá sempre para consultas rápidas, recordações, etc.


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Súbitas

as vontades que me atacam de quando em vez...
Quem sabe se eu desabafar passa!

* pastel frito, com quejo minas (e vento, claro)
* paçoquinha
* a barriga do meu gato gordo
* feijoada, couve refogada e farofa
* dirigir descendo a Afonso Pena, desde láááá da Serra
* pão de sal quentinho
* broa de fubá da Dadá
* manhãs de Sábado na Savassi
* feijão batido da minha vó
* mousse de chocolate da mamãe
* estrada pra Ouro Branco, vendo a Serra da Moeda à direita
* Guaraná Antartica, Mate Couro
* os bolos que aparecem na casa do Gui, toda sexta no fim da tarde
* Suco Tial, Néctar da Serra
* japa com a Lú e a Taty, o "fofoca update"
* self-service
* o sofá fofo da casa da minha mãe
* churrasco (o evento, os comes e os bebes...)
* o céu azul do inverno de BH
* o miado da Pity
* meu avô dizendo "hein???"
* butecos que não acabam mais
* (falando nisso!) cerveja barata
* lanchinhos domingo à tarde na casa do meu padrinho

Não acabou. Então, quando eu juntar mais eu desabafo de novo.

Eita!


Ah, a vista desse lugar aqui também...

domingo, 24 de agosto de 2008

Socorro


Eu preciso de um dia, um só dia.
Um dia pra chamar de meu.
Um dia que não seja segunda, sábado e nem quarta.
Um dia que não carregue a responsabilidade dos afazeres dos dias úteis e nem a ansiedade do "aproveite enquanto é tempo"dos feriados.
Algum dia que não me diga o que fazer.
Um dia que não me apresse, não me sugue e nem me empurre em direção ao dia seguinte.
Um dia para o nada, um dia para mim.
Seria um dia neutro, o "dia Z" , um extra no calendário, um 31 de Fevereiro talvez.
Um dia que eu acorde sem despertador, em que as horas não sejam marcadas em relógio algum, sem ter que rumar a lugar algum, sem ter e sem dever.
Um dia que eu me desvista das reponsabilidades e só vista pijamas. Não que eu vá dormir o dia todo, mas sim porque eu estaria despretensiosa em relação ao que fazer com as horas a virem ao meu encontro.
Sim, eu precisava...
De um dia pra aprender de vez a aproveitar realmente o que se chamam "horas vagas" sem pensar nas "horas cheias" que virão, inevitavelmente, a seguir.
Sim, na verdade era só o que eu queria...
Mas acabo de pensar: "Um dia só é suficiente?" Não, é muito para um dia só, acho.
Um dia também para apagar as olheiras (ô! Tão grandes ultimamente) e acender as energias.
Um dia pelo menos pra apartar o cansaço que é viver cansada.

Nat

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sonhos de consumo

Há duas semanas atrás passeávamos por uma livraria quando me deparei com o seguinte título: "The natural woman", e pensei: "Para mulheres-cyborg? Geneticamente modificadas?"... unnh... vejamos...
A edição com mais de 300 páginas continha receitas caseiras e "naturais" para todas as querelas do mundo feminino, de A a Z, com ênfase no lado mais espiritual, natural e zen da coisa, sem uso de "agressões" como chapinhas, descolorantes, remédios convencionais para cólicas, prisão de ventre, stress, ansiedade, etc... Tudo muito ZEN, na prateleira de "alternative therapies".
Bastou um mergulho rápido pra eu sacar a profundidade da coisa...

Lembrei-me de todas as revistas, terapias, dietas, spas e espertalhões que tentam a todo custo vender bem-estar instantâneo a essa horda de estressados (e quem não for que atire o primeiro Lexotan). Você já viu esse filme: "Beba este chá (verde, branco, rosa, fúcsia), acenda esse incenso (que tem escrito na caixinha que ajuda pra isso ou aquilo), acenda essa vela com aroma de sei-lá-o-quê-da-onde, escute esse cd (chato) de passarinhos cantando com barulhindo de água correndo, faça tal meditação na lua nova e entoe o mantra (de uma religião que você nem tem idéia) na sua sala, decorada em estilo zen, como mandava na revista, com os móveis dispostos de acordo com aquele desenho que parece labirinto, que dizia atrair melhores fluidos e espantar as más-vibrações (mas nada vai acabar com o barulho e fumaça do busão que passa na sua rua, tenho certeza!). Transforme sua casa num oásis de paz e tranqüilidade no meio da selva enlouquecida que é o mundo lá fora".

Na minha definição isso é: "Aliene-se e se engane, achando que isso é o bastante para ter paz de verdade."
E para piorar (sim, tem jeito): "Leia este livro que vai te ajudar a ser mais "natural", que vai te mostrar como sua vida é maravillhosa, como voê é feliz e não sabia, como você pode ser mais saudável, mais calmo, mais bacana, menos estressado, menos exausto (mesmo que esteja). Leia este outro que vai te contar o segredo das pessoas felizes, ou simplesmente "o " segredo.
E o que me assusta é... como as pessoas acreditam e pagam pra ver. Como chegamos ao ridículo de achar que tudo hoje pode ser comprado, inclusive paz de espírito. Beira a inocência, o quanto as pessoas se deixam enganar por essas coisas.
Pra mim o segredo das pessoas felizes é que elas se consideram verdadeiramente felizes, só.

Pega a grana que vc gastaria com essa "literatura" e comece a pagar uma terapia... Ah, mas "terapia é coisa de gente doida!" ? Auto-ajuda é pinel, é queimar dinheiro.
As pessoas mais problemáticas e mal-resolvidas que conheço consomem mais auto-ajuda que verduras.
Paz de espírito não é sonho de consumo.
E tenho dito.

Nat


Sou filha do meu pai mesmo...

na medida em que acho interessantes coisas que encontro em locais conhecidos como "lixo".
(Ele vai ficar todo coruja se ler isso... rsrs)
Semana passada achei essas belezinhas lá no hotel, a poucos minutos do caminhão de lixo chegar e acabar com a vida delas. Elas estavam tão tristes, socadas no container... Eita gente sem coração!

E agora estão tão felizes morando no copo do liquidificador, tomando solzinho na janela do meu quarto! :)


Vai um suco de lírios aí?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Eu disse sim!!!

Há um ano atrás... jáááááá????!!!!
Quem foi, viu (e participou, com comentários, aff!).
Claaaro que os enxeridos registraram o momento!



O bom desse vídeo é que ele é a versão sem cortes! haha!

domingo, 10 de agosto de 2008

Eu sabia!

Foi o que gritei quando vi uma propaganda na TV, de uma loja de departamentos famosa daqui.
O catálogo de moda feminina dessa loja caiu na minha mão semana passada e enquanto folheava, notei como as "tendências" (falou a entendida!) eram parecidas com o que vi a mulherada usar no Brasil, verão passado.
Sábado estávamos assistindo os jogos olímpicos, quando de repente, ouvi um samba estilo carnaval, uma modelo com as mesmas roupas, passeando pela Sapucaí, pelos arcos da Lapa...
A bendita loja inspirou-se na moda brasileira!!!!!!
Eu sabiaaaaaa!!!!

Eu bem que merecia ganhar mais


quando trabalho com gente que tem:
- Mau hálito bomba (você até fecha os olhos na iminência da onda que invade o local)
- Cecê estilo marcante (sabe-se da presença ou aproximação do sujeito a uma distância considerável)
Não vou dizer a nacionalidades responsáveis pela nhaca, senão vou ser chamada de preconceituosa e blá blá blá blá... Mas são sempre os mesmos (no lugar onde eu trabalho).
E eu me pergunto:
QUAL É O PROBLEMA dessas pessoas com higiene, cuidados pessoais, cheirar bem, escovar os dentes PELOAMORDEDEUS!!!!.
Bendita a hora em que os índios (da terra das palmeiras onde canta o sabiá...) ensinaram aos forasteiros o quanto era legal tomar banho todos os dias, etc etc etc...
Nós é pobre mas é limpim!
E tenho dito!

Nat

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Quando eu penso sobre mim mesma


Felizmente, as conclusões melhoram.
O que vejo aqui acontecendo comigo, além de um saudosismo (inevitável) que procuro vencer, é também crescimento. Não poderia haver presente melhor que esse. Quantas pessoas conheço que levam a vida dentro da zona de conforto, felizes sim, mas sem desafios e por isso sem muita evolução também. Não têm (ou não tiveram) a oportunidade de conhecer e desenvolver seu lado forte, não conhecem a dor do desamparo, o vazio que impulsiona a construir e melhorar. E por isso também não encontraram mais possibilidades e mais descobertas.
Depois de oito meses definitivamente já não sou mais a mesma. e também não levarei a vida como pensei que o faria, há um ou dois anos atrás. Só consigo sentir que ganhei com isso. Só consigo ver que as coisas podem ser beeeeemmm melhores. E não espero mais da vida as mesmas coisas. Porque aprendi a esperar mais de mim mesma do que dos outros ou das circusntâncias. Aprendi a confiar em mim, a contar comigo mesma. Descobri a alavanca que me impulsiona em direção aos objetivos (dos mais banais aos mais complexos), ou simplesmente que me mantém forte nas durezas da vida, tão difíceis quanto necessárias. Essa alavanca sou eu.
Essa descoberta me colocou anos-luz à frente do que eu era. Por si só, ela já valeu todo o esforço até aqui...

"Todas as grandes tentavias são arriscadas, e é verdadeiro o provérbio segundo o qual aquilo que vale a pena nunca é fácil." Platão