quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pimpolhos e eu


Olha, não dá.
Eu não tenho a mesma reação que 99% das mulheres têm ao ver um bebê ou criança pequena. Eu não me comporto de maneira maternal, não fico babando em cima, eu não vou lá, não pego no colo, não fico balbuciando guti-guti bilu-bilu e tolices afins. Eu não acho a coisa mais linda do mundo e nem quero um pra mim!!! Pronto, falei.
Na minha infância eu curtia cuidar dos meus primos mais novos... Mas eu era criança então não conta, afinal, eu também gostava de mais um tanto de coisa que não gosto mais (tipo comer sabonete, usar franjinha e assistir Xou da Xuxa). Enfim... esssas coisas passam e meu apreço por crianças ficou no passado.
Fato oportuno é que eles não se simpatizam com minha pessoa também.
Sempre acho que me olham encarando, de um jeito estranho (alguns até choram em seguida, sem que eu nem faça caretas) e eu fico incomodada. Fico sem saber o que dizer pra eles nessas horas. Inevitavelmente eu penso comigo: "Pára de encarar moleque, desiste, não vou te dar idéia não!"
Me senti um ET lá no escritório essa semana, quando tudo ficou às moscas por uns minutos porque uma ex-funcionária chegou lá com a cria recém-nascida dela e eu continuei lá entretida com meus formulários.
Mas eu sou uma pessoa legal apesar disso, juro.

Não assusto as criancinhas,

Nat

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aleatórias

e amenas.
Não espere nada demais desse post. Vá para o próximo blog se não quiser ler amenidades. Escrevi no bonde a caminho do trabalho e finalizei no ônibus a caminho do supermercado.
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Acordei, tomei café e fiz chapinha às pressas. Calcei uma rasteirinha ao invés do all star. Tava chuviscando lá fora, então peguei o guarda-chuva. Mas os chuviscos vieram de todos os lados. Inferno! Como pode?
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Tenho tido sonhos estranhos ultimamente. Sonhei com papéis de carta noite passada. Daqueles que a gente colecionava. Sinistro.
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Ele nunca sabe onde tá nada. Onde deixou, largou, jogou, esqueceu. Toda noite é o short de dormir. Essa manhã foi a carteira. Amar é... sugerir onde possam estar as coisas pra ele procurar!
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Em breve, no bonde, vão me cobrar passagem pela bolsa gigante que carrego pro trabalho. Tem marmita, livros, caderno, canetas, nescessáire, etc. A bolsa quase ocupa todo o assento do meu lado no bonde. Mas ainda assim as pessoas insistem em sentar-se do meu lado, mesmo com lugares vagos. O que eu faço? Diminuo ou aumento a bolsa?
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Estou usando minha franja de lado ao invés de partida no meio. Tem dia que fica bom, fico até feliz, achando que meu cabelo é bom. Mas tem dia que fica um ebó, um boi lambeu. Tipo hoje.
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O que vou escutar no iPod? Tem dia que é difícil escolher, né? Pulei Led porque é muito rockn'roll pra segunda de manhã. Cássia Eller é tupiniquim demais pra antes do trabalho. Pearl Jam é pau pra toda obra. Não resisti a "Daughter" quando começou a tocar. O vozeirão dele me deixa feliz também.
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Combinei com o Rodrigo que vou comprar enfeites de Natal. Eu não gosto de Natal, mas adoro os enfeites! Ele tá com medo que a casa fique parecendo uma vitrine de shopping. Xá comigo!
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Tive ânsia de roubar o gato (fofo) da vizinha hoje cedo. Mas passou. Ele me olhou com aquela cara de gato (irresistível).
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Na segunda-feira o inglês tem que ser parido. Enferruja por causa do fim-de-semana e o português quer sair como que num soluço. Ê lasquera!

Foi-se a segunda-feira.

Beijos,

Nat

domingo, 26 de outubro de 2008

Ãnh? Unh... Ahn, tá.

Depois de quinze dias de experiência no meu novo cargo, posso dizer que realmente (e finalmente) estou tendo mais contato com o que de fato são os costumes australianos. Anteriormente eu só lidava com "não-australianos" de toda sorte.
Já trabalhei em ambientes escritoriais antes, e não menos que os outros, este daqui também tem suas particularidades e suas diferenças, também não menos notáveis.
*Mesinhas enfeitadinhas - maioria mulheres, mesas enfeitadas, bichinhos, fotos e mais fotos... um trailer de cigano!
*Ninguém rouba canetas e etc de ninguém. Isso é novo pra mim! Você não precisa pregar seu nome nas coisas!
*Não tem cafezinho :( deprê total. Nem tem uns minutinhos de intervalo pra lanche nem afins.
* Nem todo mundo almoça nem sai pra almoçar. Meia hora (não remunerada) de almoço, só. Eles não ligam muito pra almoço (a principal refeição é o jantar) e todo mundo leva porcarias (sopa em pó, shakes, e um punhado de besteiras pra beliscar o dia todo).
* Sou a srta. saudável porque levo meu rango e minha salada (eles ficam maravilhados), como se fosse a coisa mais difícil do mundo de fazer. Cada olho grande na minha comida...
*Falando em comida... ninguém oferece nada pra ninguém não. É cada um com seu cada um. Não acostumei com isso, ainda acho falta de educação.
*Desperdício de papel... igual ou pior que no Brasil.
* Ninguém comenta as notícias, ninguém assiste e nem lê jornal, ninguém sabe o que se passa lá fora, nos outros continentes. Mas atreva-se a perguntar sobre a última da Britney Spears e ficará maravilhado com a atualidade da informação.
*Ninguém fala uma segunda língua. Poucos têm mais de trinta e acham que já estão velhos pra aprender... Sem comentários.
*Ninguém pergunta nada da sua vida, ninguém quer saber de onde vim, pra onde vou, como é que é e blá blá blá.
*Ninguém vem aspirar o carpete, nem passar pano e nem recolher o lixo. Eles não estão nem aí pra limpeza meeeesmo. Limpe você mesmo a sua mesa se a poeira te incomodar.

Vou colecionar mais coisinhas pra contar, tô sem tempo pra caramba, snif!
Nem deu tempo de pesquisar uma figura bacana pra colocar nesse post. Ê dureza!

Saudades de estar mais por aqui!!!

Nat

sábado, 18 de outubro de 2008

Bêbado é foda

Conto nos dedos as vezes que tomei porres.
Ocasiões memoráveis como o porre inaugural, formaturas, términos de namoro e afins.
Ontem foi outra. O laboratório do Rodrigo ganhou mais uma grana boa pra pesquisa, essa semana foi aniversário dele e eu fui promovida... Motivos em bônus culminaram em uma bebedeira fenomenal.
Se a comemoração é boa, nem penso em comer e aí a coisa vai descendo a ladeira igual caminhão sem freio... como foi ontem...
O problema é que eu sou o tipo bêbada emotiva, sabe? Quando a vaca vai pro brejo (e eu pro banheiro abraçar a "Celite") esqueço a comemoração e abro o bué, por qualquer motivo que seja. Também me encaixo no tipo bêbada educada - peço desculpas se dou trabalho pra alguém um milhão e meio de vezes, agradeço agradeço, agradeço... Não existe bêbado que foge do ridículo, né?
Outro pobrema ainda mais sério é que eu não devolvo ao mundo o álcool que aflige meu sangue - explicando, eu tenho problemas sérios, somáticos e inexplicáveis com a palavra "vomitar" e a coisa simplesmente não acontece. Eu fico ali sentada naquele chão frio, arrependida e amargando cada miligrama etílico passeando enlouquecido nas minhas veias. Até que chega uma hora que tudo pára de rodar eu eu vou dormir (o que pode levar horas, dependendo da amplitude do desbunde).
De repente, depois de um bocado de vinho (uns bons outros detestáveis, que só se toma em conseqüência da seqüência) e sem nenhuma comida, me vi ortodoxamente bêbada, a caminho de um restaurante tailandês (acredite, sóbria eu jamais toparia essa aventura gastronômica). As curvas que o carro fazia estavam longas, estranhas, a estrada balançava que nem navio... Uhn... nada bom. Me sentei por trinta segundos à mesa, olhei rapidamente aquele cardápio estranho, e parti determinada mas em direção ao banheiro. E lá fiquei, achando que ia morrer (sim, nesse estado eu sempre acho que vou morrer). A namorada do nosso amigo foi lá me ver, não consegui explicar direito o que tava sentindo (como falar inglês é difícil nessas horas!), depois foi o Rodrigo e eu supliquei "Amor, chama a ambulância, chchahama a ambulância."
Ele me levou até lá fora (só de pensar em sentar pra jantar eu me contorcia) e lá fiquei o resto da noite. Fui socorrida também por uma amiga que levou água, conversou comigo, e eu, claro chorei (aiaiai). Aí todo mundo te dá uma dica caseira de cura-bebedeira "Bebe bastante água, blá blá blá..." Básico.
Voltei pra casa, levei uma tigela da cozinha pro quarto (vai que num dá tempo de correr pro banheiro...), mas que nada, nada acontece. Mais alguns minutos no banheiro e depois voltei pra cama (com a tigela). Sigo a dica de um amigo bebum - se você deita e a cama roda, não deite, fique recostado e coloque um dos pés no chão. Complexo, requer alguma concentração no início, mas funciona. Dormi de roupão, toda torta, com a luz acesa... uma lástima.
O saldo nunca é positivo... minha ressaca é sempre moral e começa antes do dia seguinte. Me sinto um lixo, uma vergonha, um traste, lamentável.

Ah, mas já passou.

Irc,

Nat

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A Revolta de Amélia II

Ela se zangaria comigo, com certeza.
Até eu me irritei, quando, atrasada pra trabalhar hoje de manhã, tive que catar uma roupa pra vestir às pressas no meio disso aí.


Chame esse furdunço do que quizer.
Amélia me xingaria de relapsa-relaxada-descuidada-preguiçosa e por aí vai.
Eu chamo de QUINZEDIASSEMTEMPONEMPRADOBRARROUPALAVADA.

Agora que já fotografei e documentei... unh... não, amanhã eu dobro.

(Não sou fã de ficar aqui postando amenidades sobre a vida doméstica, mas tem hora que é irresistível não contar o quanto consigo me atrapalhar com esses pormenores...)

Dobrando,

Nat

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"Os meus sonhos"


"Eu procuro acordar e perseguir meus sonhos (...)"

Sempre, sempre.

A missão Quartos de Hotel I foi encerrada e dei início à outra nessa semana.
Essa missão foi desejada desde antes de chegar aqui, foi planejada, perseguida e alcançada.
Eu não poderia estar mais satisfeita com um resultado alcançado.
Tá sendo desafiador e enriquecedor, como a primeira também foi.


Muito ainda há de ser feito e vou levar até onde quero chegar.
Desafios fazem a gente crescer, planos fazem a gente evoluir.

Pela primeira vez sei pra onde ir e não vou parar.

Hoje olho no espelho nada além dessa música me vem à cabeça:

"Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais
De ti (...)"

Nasi

domingo, 5 de outubro de 2008

O sonho

(É ler pra crer...)

Acordo. Segunda-feira. Feriado, mas tenho que trabalhar.

Tomo café, atrasada. Carona pro bonde, beijinhos, tchau, te ligo mais tarde.
Fazendo a sombrancelha no bonde, pensando nos quartos bagunçados que ainda me aguardam nessa semana, antes da troca de cargo...

O celular toca:
Alô, Natália? Era a supervisora.
Onde você tá? Já saiu de casa?
Sim, mas ainda tô no bonde, porque?
Porque não é pra você vir trabalhar hoje, me enganei ontem quando conversamos.
Tudo bem por você? Tá muito longe de casa já? Me desculpe!
Que nada, tudo bem, tô perto ainda!

Deço do bonde, atravesso a linha pra pegar outro voltando.
Sento, respiro fundo, sorriso! Me dou um beliscão. Nada, não acordo.
Não era um sonho!!!

Aconteceu de verdade! :))

Hoje é Labour Day, feriado nacional na Austrália. Agora, feriado pra mim também, hahahaha!!!!

Dando pulinhos,

Nat

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Quem acredita


sempre alcança!

PROMOVIDAAAAAAAAAAA!!!!!!!

Acabei de ficar sabendo! Em primeira mão!
De camareira para agente de reservas!

Em êxtase!

Nat

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Abstinência



Machuquei a mão segunda-feira, arrumando uma cama idiota qualquer. Não dei importância. Terça-feira acordei e todas as minhas juntas rangeram de desespero. Tomei café e voltei pra cama, decidida a não mover a minha pobre carcaça dali, pensando: o que direi à chefe-mor-louca?
Maridão (incrível!): "Sua mão não tá meio doendo? Então, diz que vc vai ao médico, que vc machucou". Genial!
Mais genial ainda é o médico dizer que preciso dar descanso ao músculo pra que ele melhore.
Foi a frase do ano, não?!?!?
Estou de licença desde terça, volto a trabalhar só na segunda.
Meu corpo tá desacostumado a não correr uma maratona todo dia, logo, tudo ainda dói. Abstinência, só pode ser.
Mas tá tudo lindo, tô achando tudo uma maravilha!

Nat,