domingo, 30 de agosto de 2009

As andorinhas voltaaram!

Então, a caminho (das Índias?) não; do matão, da terrinha, do bananal, do país tropical, ame-o ou deixe-o.

Aí tem que levar a tralha, estimada tralha.
Aluga um container, não dá pra levar a casa na mala.
Nem as roupas e sapatos de frio. Nem a cama king size, nem as 198 panelas, meus 67 cremes...
Mas um container é caro. Tá bom, meio container então dá.
Mas meio container demora pra chegar. Oito semanas!



Mas será que chega mesmo?

Chega! Olha, só não dá pra levar mais nada! Recém-chegados, recém-fudidos?
Pára de olhar coisas bacanas pra comprar. Pára de querer levar mais vinho!
Ah, vai, mais uma garrafinha, não vai fazer diferença!
Já vai inteirar 119 mesmo...!

Só mais uns negocinhos, vai!

Ocupadíssima com essa mexida toda!

Nat

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Olha as minhas fotos

Eu já queria escrever esse post há vários dias. Mas bastou uma passeada pelas atualizações dos meus amigos no Orkut pra que eu me decidisse.
De todas as invenções modernas, a que mais me irrita é a fotografia digital. Não é nostalgia barata por causa do filme, nem por causa do "clique" que as máquinas convencionais faziam. Até porque o maldito filme era caro pra revelar e eu odiava esperar pra ficar pronto, ir buscar, etc. Mas sabe o que me irrita, de verdade? É que o descompromisso de desperdiçar uma foto no filme faz com que as pessoas tirem foto de tudo, o tempo todo!
Nunca reparou? Então comece. Pegue o Orkut ou o Flickr de qualquer um dos seus amigos. Te garanto que 90% deles vão ter lá fotos de tudo. Da comida que comeram no restaurante fim-de-semana passado, dos próprios pés, de qualquer coisa estranha que viram na rua, de ingressos de show, da própria cama bagunçada, do ultra-som do bebê, do copo de cerveja... e claro... 2.598.952 fotos de si mesmo (aquelas clássicas no espelho, que se tira 125 até escolher a melhor pose, a que não entrega o nariz grande ou as olheiras).
Devo confessar que eu também já fui assim, já sofri disso. Mas ó, cansei, viu?
Banalizou total, ficou chato, patológico. Sabe porque? Às vezes me dá a impressão de que as pessoas vivem hoje pra tirar foto pra colocar nos orkut da vida. Elas ajuntam os amigos, viajam, sentam pra almoçar ou beber, se arrumam... tudo pra tirar foto. E se a maquiagem ficou boa, o cabelo tava bom então, aff! Nem fala! Dá-lhe foto no espelho!
Não importa quando ou onde. Vai ter sempre alguém que vai sacar o celular ou a câmera pra fotografar aqueles momentos que deveriam ser autênticos... Parece que tudo é cenário pra foto perfeita, aquela que vai mostrar no Orkut que você tá bem, num lugar bacana, rodeado de pessoas felizes e se divertindo.
Essa facilidade high-tech não seria pra tornar as fotos menos "pose", mais espontâneas? Mas não, acontece o contrário. As fotos ultimamente se parecem, as poses se parecem. Me impressiona como todo mundo já tá ensaiado pra ficar bem na foto.
Outra coisa são as fotos de viagens. Ando ultimamente tirando o mínimo possível, só quando acho que realmente vale a pena. E juro, não me arrependi ainda, tipo "deveria ter tirado mais, que pena". Se não tem aquele monte absurdo de fotos, significa que você não viu,não curtiu?
Quando vejo as 350 fotos de viagens desses maníacos-fotográficos, fico me segurando pra não perguntar: "Mas você conseguiu aproveitar mesmo? Você realmente viu esse lugar? Porque me parece que você foi lá só pra tirar foto."

Ultimamente, naquelas ocasiões em que todo mundo tá lá numa boa e de repente aparece a figura: "Junta aê, gente, vamo tirar uma foto!", ando com vontade de tomar a máquina da mão da pessoa e jogar longe!
Sei lá, cara, vive o momento. Dá um descanso, vai. A sua vida pessoal não é novela. Ninguém quer te acompanhar assim não.

Tenho um desafio:
Quando você tiver num lugar muito legal, se divertindo muito, quando tudo aquilo for o cenário perfeito pra uma foto... Não tire foto nenhuma. Viva o momento.

Vira essa câmera pra lá.

Nat

nem tanto assim

Os hospedes foram embora.
Amélia, de folga do trabalho hoje, faxinou geral. Lavou as paredes do banheiro, não se esqueceu dos rodapés, em cima da geladeira, os parapeitos das janelas e aspirou com capricho os quartos.
Tudo acabado, até que o reflexo da luz no piso preto entregou o que ela menos esperava...
"Ah não! Manchas!
Como pode?? Ainda parece encebado!!!"
Saiu indignada em direção ao armário de produtos de limpeza.
"Vai ser com água sanitária. Quero só ver se não sai!"
E enquanto calçava as luvas rosa choque, de repente, um insight...
"Ahn? Quê?
Blah, que esfregar mais o quê!"
Luvas e água sanitária de volta no armário.

Tenho mais o que fazer... Mesmo que não saiba exatamente o que fazer agora.
Aí começam as argumentações mentais. Vide abaixo:
"Ahn.. eu bem podia ir pra academia malhar..."
"Quê? Tá doida? Nesse frio???
"

Já foi. Amélia cansa a minha beleza.

domingo, 9 de agosto de 2009

compro

Algumas coisas deviam sim ter preço.
Porque mesmo que alto, eu usaria meu Mastercard e tava resolvido
.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Deviam proibir isso

Olha, eu ja não to boa, né?
Então, pra ficar ainda mais legal, essa mulher senta do meu lado no bonde de manhã cedo.
O perfume da sujeita era tão insuportável que eu tinha certeza que:

1) ela o herdou da bisavó
2) ela o herdou da bisavó e diluiu em alfazema extra-forte pra render
3) pra dar uma textura, ela adicionou talco de rosas
4) ela usa sem miséria e vai pegar o bonde pra castigar pessoas inocentes

35 minutos de infusão (eu) naquela névoa.
E eu não cheguei nada feliz no trabalho.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

a little less conversation

Eu vou me juntar ao grupo daqueles que observam mais que falam. Juro que vou tentar.
Porque ha coisas na vida que vem mesmo a calhar pra que todo mundo tire da gaveta as filosofias que dao solucao pra tudo.
Mas sim, aquele grupo pelo menos nao se desgasta tanto.
Estatísticas provam.


E tenho dito.

reza a cartilha dos infernos

Hoje chegou um email de uma fulana que senta na cabeca meia duzia de coitados la no hotel dizendo que era pra todos se lembrarem de sempre carregar consigo o livrinho do " credo". Os senhores da picagrossa la de Singapura devem estar fiscalizando o hotel nessa semana e por isso querem saber se ta todo mundo craque no catecismo.

Deviam mesmo vir aqui na minha masmorra, passar um dia respirando carpete sujo com odores de estacionamento que vem pelo ar condicionado, enquanto arrotam um servico cinco estrelas.

Sim, mas o livrinho... Uma praga do apocalipse, na figura de uma brochura de bolso, onde se estabelece a (va) filosofia de um mundinho ridiculo e desimportante chamado: hoteis de rede. Eles ate colocam em topicos, pra ficar facinho de decorar. Nele hospede eh a figura maxima do momento e merece toda a sua atencao e devocao...

Gente, me poupem...

Ninguem mandou voce se formar em turismo. Agora fica ai furando o livrinho com a caneta, igual vudu, enquanto le artigos sobre Freud na net depois que a supervisora foram embora.

E escreve no blog, porque alguém precisa ouvir suas reclamacoes.


Ps: esse post nao tem acento mesmo. O computador daqui e burro e nao sabe portugues.