segunda-feira, 24 de novembro de 2008

É tanto,

mas tanto, que prefiro nem começar. Ele vai falar por mim:

"Olha lá quem vem do lado oposto
E vem sem gosto de viver
Olha lá que os bravos são escravos
Sãos e salvos de sofrer

Olha lá quem acha que perder
É ser menor na vida

Olha lá quem sempre quer vitória

E perde a glória de chorar

Eu que já não quero mais ser um vencedor,
Levo a vida devagar pra não faltar amor

(...)

Eu que já não sou assim
Muito de ganhar

Junto as mãos ao meu redor

E faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz
."

(O vencedor - Los Hermanos)


Xá prá lá,

Nat

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Samba do avião

Toda vez é a mesma novela.
Eu clico em "Emitir bilhete" e a aflição que ali se inicia só termina na viagem de volta, quando o passarinhão aterrisa em casa.
Eu não gosto do barulho, do espaço (hein, espaço?), dos sacolejos, do aviso sonoro de apertar os cintos, embarcar, acelerar as turbinas, dos comissários de bordo, o serviço de bordo, o desesero a bordo.
Aquilo é uma tortura, um aperto no coração.
Garganta fechada, mãos suadas.
Não importa que seja rápido, tranquilo, sem dramas. Eu vejo passar cada segundo no relógio, cada nuvem pela janela, rezo para que acabe logo, ou para que eu pelo menos me aguente até lá.
Ele ganha os céus e é só um passarinho, à mercê de qualquer coisa que venha ao nosso encontro, desde "turbulências inesperadas, de céu claro ou de dias nublados", a um mecânico relapso que não viu um fio descascado ou qualquer perrengue que nos transforme em poeira em segundos, ou em um punhado de traumatizados depois de um pouso de emergência.
Sou só uma formiguinha naquele ceu gigante, presa naquela cabine, desejando um pára-quedas, mais que um remédio pra me anestesiar até o fim da viagem.
Aí lembro da passagem pro Brasil, que já tá comprada... Lembro também que quero rodar esse mundo todo...
E pergunto, querendo fazer graça: "Num dava pra ser de navio não? Ainda não inventaram um trem-bala-submarino? Que absurdo!!"
Sim, porque nadar eu sei, mas voar... ainda estou atrás de lições básicas, pelo menos.

Ah!A viagem a Melbourne foi linda!!! Passem no meu orkut pra dar uma olhada!

Quando eu crescer, não vou ter medo de avião.

Nat

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Red Bull te dá pilhas

Sim, porque hoje eu não podia ter asas, não pude desgrudar a bunda da cadeira mesmo (ainda acho que ainda vão me dar uma sonda pra eu não ter que levantar sequer pra ir ao banheiro qualquer dia desse), mas enfim...
Tava acabada pela manhã, aí tomei dois Reds Bullsssss e virei a funcionária mais super-ultra-energética, com uma disposição sem fim, exemplo de motivação e empolgação. Os hóspedes me amam, todos. Vendi pra caramba, meu chefe me elogiou e tals...
Foi o Red Bull, com certeza, rsrs.
No meio da tarde senti até tremedeiras... ops, overdose. Misturei com unssss cafésssss, deve ser isso.

To ligada ainda!

Que horas vou conseguir dormir? Que horas passa o efeito??????

Desliga, trem!!!!!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Meu erro

Ontem, troquei figurinhas com uma amiga sobre um assunto espinhento pra mim, chamado satisfação profissional. Coincidentemente, tenho pensado um bocado sobre isso ultimamente e tenho chegado a várias conclusões, enquanto abandono outras pelo caminho.
Sei que vou mudar de área, sei pra onde vou, mas ainda não consegui entender o que me fez fazer uma escolha tão errada (até pra não cair em furada semelhante outra vez, Deusmelivreeguardeamém!). Não estou falando de culpa, mas queria entender de vez o que me levou a isso e me desandou nesse caminho onde não mais me vejo, onde não colho a tal satisfação por mais que tenha tentado. Sei lá, a gente às vezes simplesmente não se encaixa, mesmo que se obrigue arduamente.

Aí achei (pra variar) esse trecho num livro que estou lendo:

"Acredito sim que dizes o que penses agora;
Mas aquilo que decidimos, não raro violamos.
O propósito não passa de servo da memória,
De nascer violento mas fraca validade,
E que agora, como fruta verde à árvore se agarra,
Mas quando amadurecida, despenca sem chacoalho.
Imprescindível é que nos esqueçamos
De nos pagar a nós mesmos o que nos é devido.
Aquilo que a nós mesmos com paixão nos propomos,
A paixão cessando, o propósito está perdido.
(Shakespeare - Hamlet)

... Cara, como tenho pensado nisso ...

Nat

sábado, 1 de novembro de 2008

"Tá" - pra não render

Sou uma franga e ainda tenho um bocado que ver da vida até dizer que sei de alguma coisa.
Mas tem certos assuntos que me fazem ser macaca velha o suficiente pra saber que devo manter minhas mãos longe de algumas cumbucas.

Muita experiência nem sempre significa esperteza pra discernir essas tais cumbucas.
E eu continuo a crer que tem coisa que é melhor não dizer, pra não perder a amizade, ou o dia, ou a dignidade.
Então tem coisas mesmo que não digo, em nome da minha paz de espírito.
Porque além das cumbucas, em merda que se preze não se mete a mão também.
Basta chegar perto pra sentir o drama. Eu quero é distância.