terça-feira, 31 de março de 2009

Essa tal ansiedade


Poisintão
Quem quer que seja o engraçadinho que inventou isso
Podia bem parar por aí!
Eu tô que não me aguento
Antes eu não acreditava que essa semana ia chegar
Mas porque tava longe, muito longe
Agora ainda não acredito, mas porque chegou
Finalmente chegou
E agora tenho dor de barriga
É a coisa mais amena que estou sentindo
No meio dessa (palhaçada) ansiedade toda
Não, eu não me divirto com isso
Eu odeio muito tudo isso
Eu só queria ser mais normal
Existe ansiedade normal?
Alguém me empresta, por favor?
Agradeço desde já

Nat

sexta-feira, 27 de março de 2009

Eu

Se eu fosse um filme, esse seria um trailer coerente:

Escovava os dentes antes de dormir e me lembrei que precisava ligar o treco de matar pernilongo.
Saí do banheiro em direção ao armário da cozinha pra pegar o refil, antes que me esquecesse.
A caminho, escutei barulho de chuva e corri pra janela ver (é, chuva aqui é acontecimento).
Com uma das mãos segurava a escova de dentes e com a outra tentava separar as folhas da persiana. Ainda não conseguia ver se chovia ou não.
"U-huum. Á-oéndo???"
O marido: "Quê? Não entendi? O que você tá fazendo aí?"
"Ó-áí, á-o-endo?"
O marido: "Ãnh??"
"Uhoammm! Aaaaannngh!!!!"
O marido: "Ahn, vi. Você sujou o cabelo com pasta de dente."

Voltei grunindo pro banheiro limpar o cabelo.
Esqueci o treco do pernilongo, claro.

É assim com tudo.

Ahn, e ainda não resolvi a história da franja.

Assim

Nat

domingo, 22 de março de 2009

Bond franja

Poisé, alguém viu a nova Bond Girl no filme "novo" do James Bond? (é, eu tô atrasada, então só vi ontem no dvd)

Eu ameeeeeiiii a tal da idéia da franja!!!
Pronto, agora eu tô aqui cismada que preciso de uma franja!!
Eu já tive uma, aos dez anos de idade. Mas como eu não curtia esse negócio de... basicamente, pentear o cabelo, óbeveo que aquilo parecia um ninho de passarinho no alto da minha testa! Aliás, parecia tudo, menos uma franja!!!
Então, fiz uma mega-super consulta a São Google e pelo que o oráculo me respondeu, ela cai bem para moçoilas da minha idade (= antes dos 40), para cabelos ondulados e indecisos (= meu), para rostos ovais (= meu) e também para testas grandes (= minha, argh).
Passaram-se mais de doze horas e a idéia num sai da minha cabeça. Mas como sempre... eu tenho meeedoooooo! Já pensou se fica ridículo?
E agora, José? O que eu faço?
E a aprovação do cônjuge? Ele foi o primeiro a ser consultado e deu bomba na idéia!!!!! Como assimmm??? Eu fiquei uns quinze minutos no espelho do banheiro, tentando segurar ela dobrada pra dar uma idéia de como ficaria. Saí correndo segurando a franja: "Olha amor, CONSEGUI!!! O que você acha?????"
Ele olhou com aquele olho clínico de cientista e: "Não, não gostei".
"Mas por que não?"Perguntei
"Sei lá, não ficou bom, não gostei.
Indignada - "Como assim não gostou??? Ficou parecendo o quê?"
"Não sei, não sei explicar, só sei que não ficou bom, não combinou"
"Não ficou moderninha? Moderninha é legal!!!"
"Não, não gosto, quem disse que quero você moderninha?"
Ah, homens!!!!!
E agora??? E agora que eu decidi que cansei da minha cara?!?!
Elas me perseguem!!!!!

Franja? Não franja. Franja? Não franja. Fr..

Nat

quinta-feira, 19 de março de 2009

Eu maluco, tu maluco, ele maluco

O bonde que pego todos os dias pro trabalho me rende um bocado de fábulas no meu caderninho de anotações.
É cada uma que eu vejo que não dá pra crer, tem hora que acho que to saindo de casa mas ainda não acordei, penso que devo estar tendo um daqueles sonhos surrealistas.

Me lembro que um ex-colega de trabalho aí no Brasil, que costumava dizer que o mundo tá silenciosamente sendo tomado pelos tantãs mas ninguém percebe.

Eu, que já concordava, começo a agora a me preocupar...

Essas aqui foram dignas de publicar.


Terça-feira pela manhã entrou essa mulher. Faixa dos 50 anos, toda moderninha, magra, de bermuda jeans, casaquinho cinza, echarpe prateada, cabelo louro preso num rabo-de-cavalo. Passou meio apavorada na minha frente, não conseguiu validar o ticket na maquineta, foi se sentar no fundo (perto de mim, claro, sei lá mas eu tenho ímã pra esse povo), pegou outro ticket na bolsa, não conseguia ler a data nele (daquelas que teimam em não usar óculos apesar da vista cansada), não sabia se ainda era válido ou não, voltou na maquineta e dessa vez ouvi o "trec"de que deve ter validado. Voltou e se sentou novamente.
Tinha esse ar meio desesperado, desorientada. Fiquei sacando a figura (sempre faço isso, esperando a esquisitice que vem a seguir).
Passaram-se alguns segundos até que percebi que ela estava comendo alguma coisa enquanto folheava um jornal. Parecia uma maçã, mas não conseguia ver direito o que era. Tirei os óculos escuros e me surpreendi ao ver o lanche suculento era um pimentão vermelho!!!!!!
E eu juro, eu juro, um pimentão inteiro! Ela o devorou numa rapidez impressionante, embolou as sementes numa folha do jornal e enfiou na bolsa.


...


No final da tarde do mesmo dia, enquanto voltava pra casa, entrou essa outra pérola. Sentou-se na minha frente (!!). Mulher, visual meio hippie, devia ter uns 40 anos, calça e camisa marrons, echarpe roxa, óculos fundo-de-garrafa, cabelo grande bem despenteado.
Parecia tranquila, mas tinha um intrigante sorriso de Monalisa. Sabe como é? Aquela pessoa que sustenta aquele meio-sorriso, que não dá pra dizer se ela tá pensando em algo e querendo rir ou se ela tem um problema nos lábios e eles são presos naquela posição esquisita. Me aborrece, na verdade, fico aflita com essas feições subliminares, não confio nessas pessoas.
No entanto, mais intrigante que o sorriso, era o CHAPÉU que a Madame Min tinha na cabeça... Era meio cowboy, mas tinha estampa de zebra! E era roxo!!! Isso, roxo! Mas vamos adiante (na verdade, foi o que eu percebi antes de tudo) - no topo, tinha um cacho de uvas (de plástico, imagino)! Roxas, óbvio. E numa das abas, um bichinho de borracha (adivinha?) roxo! Parecia uma aranha, sei lá, tinha várias pernas e algumas pendiam pra fora da aba, assim balançando com o movimento do bonde.
Saquei meu caderno, não podia perder um detalhe. Enquanto ela sustentava o sorriso de Mona Lisa, o caho de uvas, a aranha e aquele ar de bruxa maluca saída de um filme do Harry Potter, me entreti em descrevê-la (discretamente) até que ela desembarcasse.

Ela desceu depois de uns vinte minutos. Fiquei tentando acompanhá-la de dentro do bonde, pra ver se ela ia pegar uma vassoura e sair voando, se era um alien e ia arrancar a fantasia de humana ou se ia tirar o chapeú e começar a fazer anotações porque na verdade tava mesmo é fazendo uma pesquisa de comportamento pra ver as reações das pessoas.

E... nada. Ela continuou andando, olhou para os dois lados antes de atravessar a rua e seguiu calmamente, com seu chapéu, a aranha roxa, o cacho de uvas... como se fosse ALGUÉM MUITO NORMAL!!!!!


Me abana gente, eu não tô bem!

Esse é o bonde! É aí onde tudo acontece!

Nat

segunda-feira, 16 de março de 2009

Na lama do manguezal!

Ando me surpreendendo no quesito "quão longe consigo ir pra fugir do trabalho".
Muuuito, muito longe...
Então!
Era quinta-feira e eu me vi ralando que nem camelo, enquanto coleguinhas espertinhos se ausentavam porque torceram o pé, ou porque precisou cuidar da esposa, porque estava desidratado, e todo um rosário de conversa mole pra boi dormir.
No meio da tarde, desliguei o telefone depois de resolver um pepino-abacaxi-bomba e num silêncio diabólico, afirmei pra mim mesma que no dia seguinte, eu NÃO COLOCARIA MEUS PÉS ALI, por nada nesse mundo!
Liguei pro Rodrigo, contei da resolução: ele ficaria seriamente doente na sexta-feira e eu teria que cuidar dele, passaríamos o dia todo amargando no hospital. Pronto!
Na verdade, o plano era de ir catar carangueijos com o pessoal do trabalho dele naquela sexta mesmo (é, gente, profissão errada, porque é que não decidirmos ser cientistas? Eles podem tirar um dia assim de folga do nada, sem ter que inventar mentiras mirabolantes pra ninguém! Êta vida!).

Mas enfim...
Liguei de manhã cedo pro escritório, contei a história (colou, aqui não se fazem muitas perguntas) enquanto eu colocava o sombreiro e a cadeira de praia no porta-malas!!! Você quer saber se eu não tenho vergonha disso? Ehr... ahn... não.
Fui, não catei nada. Não participo da matança, meu negócio é comer!

Ficamos eu e Marie (Claire) debaixo do sombreiro enquanto eles se enchafurdavam na lama. Me diverti horrores, durante horas!


O colega aí apareceu perto de mim pra dar um alô e até fez pose pra eu tirar fotos!

À noite, comemos carangueijos à moda japonesa, à moda grega e à moda indiana. Carangueijos bilíngues, multicuturados... Lembro de muitas perninhas, champagne, vinho, mais perninhas, carnes branquinhas, eu brincando com o moleque filho do japonês colega do Rodrigo (eu tava bêbada mesmo!), alguém disputando comigo quem pegava a carne mais suculenta sem despedaçar... unh... só flashes na verdade.
Eu tentei parar de comer três vezes, achando que já tinha me empanturrado o suficiente... em vão.


Anamauê!


Nat

quarta-feira, 11 de março de 2009

Odisséia, Amelíada e a saga das baratas

Estou de folga hoje e Amélia, a contragosto, resolveu passar aqui.
Vesti as luvas (rosa choque) de borracha, coloquei o Bruce Dickinson pra tocar. Queria logo que tudo se acabasse.
Pilotava a vassoura com rapidez quando, de baixo da poltrona, vi umas plumas se mexendo.
Plumas nada, era uma maldita de uma barata de barriga pra cima se contorcendo!!!!!
Me distanciei súbita e aflitivamente, como só as mulheres sabem fazer nessas ocasiões.
- aaaaghhhh! D-de onde você veeeeioooooo???? Irch!!!!


(Não, ela não me respondeu)
O meu problema com baratas não é só porque são animais imundos que andam por lugares decrépitos. O graaande problema é que eu logo penso: por onde ela entrou, por onde passeou, se vem sempre por aqui, se veio acompanhada, quais motivos a trouxeram aos meus domínios e principalmente... há quanto tempo ela estava ali!!! Fico imaginando eu mesma há alguns minutos antes de vê-la, andando pela casa à vontade, descalça, desavisada, sem perceber aquela criatura dos infernos dividindo os mesmos chão e teto que eu!
Eu fiz um trato com ela, de que se ela continuasse ali sem sair do lugar, eu a deixaria morrer até o Rodrigo chegar e dar um fim nela. Eu nem iria tentar persegui-la com o spray até ela (e eu) nos intoxicarmos. Ela cumpriu o trato e ficou (arrrgh) se contorcendo na mesma posição.
Eu e Amélia continuamos na faxina, um olho na vassoura, outro na barata.
Piedade nada, é nojo, aflição mesmo! Não suporto ouvir o "crec" e sempre acho que vou errar a mira, ela vai se esconder e eu não vou conseguir pegá-la e ainda vai colocar as patas imundas por todo o lugar! Não, não consigo suportar a idéia!!!
Nas minhas confabulações, o capeta é dono de uma fábrica de dedetizantes mata-barata.
Veja bem: Deus as criou e se arrependeu (Eva no paraíso já dava chiliques quando elas apareciam). Elas foram então expulsas de lá (antes da história da maçã); o purgatório não tinha espaço suficiente e não deu conta; lá no inferno o tinhoso resolveu fazer dinheiro com elas, mandando as malditas de volta pra cá. Até hoje não há remédio de vez que acabe com todas (todas eu disse) elas, mas todo mundo continua comprando os sprays e afins. Por causa disso o capeta deve estar usando a grana pra atrair mais fiéis e o inferno, e... há, aposto como está cada dia mais bacana por lá.
Em troca, ele prometeu às baratas - que no final, quando tudo se acabar em samba, suor, pizza e radioatividade - aí sim, só sobrarão elas (e o Keith Richards, claro, que também nenhum veneno conseguiu matar).

Com muito, muito medo de ter mais delas...

Nat

sexta-feira, 6 de março de 2009

Transfiguração

Minha tinta de cabelo tá em falta. quer dizer, a cor que uso está em falta.
Só tem tons mais claros ou mais escuros.
Se me virem por aí e acharem estranho, tá tudo bem. Não estou manchando, nem desbotando.

Resenha do post:
A autora se vê em momentos de escrever amenidades idiotas como essa quando:

a) está sem tempo pra escrever coisas interessantes

b) ela até tem tempo, mas está com preguiça de gastar o tempo pra escrever as tais coisas interessantes

c) está com tédio

d) todas as opções acima
, já que ela exagera dizendo que num tem tempo, quando na verdade tem
e) nenhuma das opções acima, ela tá sem assunto mesmo


Confira o gabarito no próximo post.



Nat

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pedaço


tem dia que dói mais porque não tem remédio.

... saudades ...

Nat