quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Súbitas

as vontades que me atacam de quando em vez...
Quem sabe se eu desabafar passa!

* pastel frito, com quejo minas (e vento, claro)
* paçoquinha
* a barriga do meu gato gordo
* feijoada, couve refogada e farofa
* dirigir descendo a Afonso Pena, desde láááá da Serra
* pão de sal quentinho
* broa de fubá da Dadá
* manhãs de Sábado na Savassi
* feijão batido da minha vó
* mousse de chocolate da mamãe
* estrada pra Ouro Branco, vendo a Serra da Moeda à direita
* Guaraná Antartica, Mate Couro
* os bolos que aparecem na casa do Gui, toda sexta no fim da tarde
* Suco Tial, Néctar da Serra
* japa com a Lú e a Taty, o "fofoca update"
* self-service
* o sofá fofo da casa da minha mãe
* churrasco (o evento, os comes e os bebes...)
* o céu azul do inverno de BH
* o miado da Pity
* meu avô dizendo "hein???"
* butecos que não acabam mais
* (falando nisso!) cerveja barata
* lanchinhos domingo à tarde na casa do meu padrinho

Não acabou. Então, quando eu juntar mais eu desabafo de novo.

Eita!


Ah, a vista desse lugar aqui também...

domingo, 24 de agosto de 2008

Socorro


Eu preciso de um dia, um só dia.
Um dia pra chamar de meu.
Um dia que não seja segunda, sábado e nem quarta.
Um dia que não carregue a responsabilidade dos afazeres dos dias úteis e nem a ansiedade do "aproveite enquanto é tempo"dos feriados.
Algum dia que não me diga o que fazer.
Um dia que não me apresse, não me sugue e nem me empurre em direção ao dia seguinte.
Um dia para o nada, um dia para mim.
Seria um dia neutro, o "dia Z" , um extra no calendário, um 31 de Fevereiro talvez.
Um dia que eu acorde sem despertador, em que as horas não sejam marcadas em relógio algum, sem ter que rumar a lugar algum, sem ter e sem dever.
Um dia que eu me desvista das reponsabilidades e só vista pijamas. Não que eu vá dormir o dia todo, mas sim porque eu estaria despretensiosa em relação ao que fazer com as horas a virem ao meu encontro.
Sim, eu precisava...
De um dia pra aprender de vez a aproveitar realmente o que se chamam "horas vagas" sem pensar nas "horas cheias" que virão, inevitavelmente, a seguir.
Sim, na verdade era só o que eu queria...
Mas acabo de pensar: "Um dia só é suficiente?" Não, é muito para um dia só, acho.
Um dia também para apagar as olheiras (ô! Tão grandes ultimamente) e acender as energias.
Um dia pelo menos pra apartar o cansaço que é viver cansada.

Nat

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sonhos de consumo

Há duas semanas atrás passeávamos por uma livraria quando me deparei com o seguinte título: "The natural woman", e pensei: "Para mulheres-cyborg? Geneticamente modificadas?"... unnh... vejamos...
A edição com mais de 300 páginas continha receitas caseiras e "naturais" para todas as querelas do mundo feminino, de A a Z, com ênfase no lado mais espiritual, natural e zen da coisa, sem uso de "agressões" como chapinhas, descolorantes, remédios convencionais para cólicas, prisão de ventre, stress, ansiedade, etc... Tudo muito ZEN, na prateleira de "alternative therapies".
Bastou um mergulho rápido pra eu sacar a profundidade da coisa...

Lembrei-me de todas as revistas, terapias, dietas, spas e espertalhões que tentam a todo custo vender bem-estar instantâneo a essa horda de estressados (e quem não for que atire o primeiro Lexotan). Você já viu esse filme: "Beba este chá (verde, branco, rosa, fúcsia), acenda esse incenso (que tem escrito na caixinha que ajuda pra isso ou aquilo), acenda essa vela com aroma de sei-lá-o-quê-da-onde, escute esse cd (chato) de passarinhos cantando com barulhindo de água correndo, faça tal meditação na lua nova e entoe o mantra (de uma religião que você nem tem idéia) na sua sala, decorada em estilo zen, como mandava na revista, com os móveis dispostos de acordo com aquele desenho que parece labirinto, que dizia atrair melhores fluidos e espantar as más-vibrações (mas nada vai acabar com o barulho e fumaça do busão que passa na sua rua, tenho certeza!). Transforme sua casa num oásis de paz e tranqüilidade no meio da selva enlouquecida que é o mundo lá fora".

Na minha definição isso é: "Aliene-se e se engane, achando que isso é o bastante para ter paz de verdade."
E para piorar (sim, tem jeito): "Leia este livro que vai te ajudar a ser mais "natural", que vai te mostrar como sua vida é maravillhosa, como voê é feliz e não sabia, como você pode ser mais saudável, mais calmo, mais bacana, menos estressado, menos exausto (mesmo que esteja). Leia este outro que vai te contar o segredo das pessoas felizes, ou simplesmente "o " segredo.
E o que me assusta é... como as pessoas acreditam e pagam pra ver. Como chegamos ao ridículo de achar que tudo hoje pode ser comprado, inclusive paz de espírito. Beira a inocência, o quanto as pessoas se deixam enganar por essas coisas.
Pra mim o segredo das pessoas felizes é que elas se consideram verdadeiramente felizes, só.

Pega a grana que vc gastaria com essa "literatura" e comece a pagar uma terapia... Ah, mas "terapia é coisa de gente doida!" ? Auto-ajuda é pinel, é queimar dinheiro.
As pessoas mais problemáticas e mal-resolvidas que conheço consomem mais auto-ajuda que verduras.
Paz de espírito não é sonho de consumo.
E tenho dito.

Nat


Sou filha do meu pai mesmo...

na medida em que acho interessantes coisas que encontro em locais conhecidos como "lixo".
(Ele vai ficar todo coruja se ler isso... rsrs)
Semana passada achei essas belezinhas lá no hotel, a poucos minutos do caminhão de lixo chegar e acabar com a vida delas. Elas estavam tão tristes, socadas no container... Eita gente sem coração!

E agora estão tão felizes morando no copo do liquidificador, tomando solzinho na janela do meu quarto! :)


Vai um suco de lírios aí?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Eu disse sim!!!

Há um ano atrás... jáááááá????!!!!
Quem foi, viu (e participou, com comentários, aff!).
Claaaro que os enxeridos registraram o momento!



O bom desse vídeo é que ele é a versão sem cortes! haha!

domingo, 10 de agosto de 2008

Eu sabia!

Foi o que gritei quando vi uma propaganda na TV, de uma loja de departamentos famosa daqui.
O catálogo de moda feminina dessa loja caiu na minha mão semana passada e enquanto folheava, notei como as "tendências" (falou a entendida!) eram parecidas com o que vi a mulherada usar no Brasil, verão passado.
Sábado estávamos assistindo os jogos olímpicos, quando de repente, ouvi um samba estilo carnaval, uma modelo com as mesmas roupas, passeando pela Sapucaí, pelos arcos da Lapa...
A bendita loja inspirou-se na moda brasileira!!!!!!
Eu sabiaaaaaa!!!!

Eu bem que merecia ganhar mais


quando trabalho com gente que tem:
- Mau hálito bomba (você até fecha os olhos na iminência da onda que invade o local)
- Cecê estilo marcante (sabe-se da presença ou aproximação do sujeito a uma distância considerável)
Não vou dizer a nacionalidades responsáveis pela nhaca, senão vou ser chamada de preconceituosa e blá blá blá blá... Mas são sempre os mesmos (no lugar onde eu trabalho).
E eu me pergunto:
QUAL É O PROBLEMA dessas pessoas com higiene, cuidados pessoais, cheirar bem, escovar os dentes PELOAMORDEDEUS!!!!.
Bendita a hora em que os índios (da terra das palmeiras onde canta o sabiá...) ensinaram aos forasteiros o quanto era legal tomar banho todos os dias, etc etc etc...
Nós é pobre mas é limpim!
E tenho dito!

Nat

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Quando eu penso sobre mim mesma


Felizmente, as conclusões melhoram.
O que vejo aqui acontecendo comigo, além de um saudosismo (inevitável) que procuro vencer, é também crescimento. Não poderia haver presente melhor que esse. Quantas pessoas conheço que levam a vida dentro da zona de conforto, felizes sim, mas sem desafios e por isso sem muita evolução também. Não têm (ou não tiveram) a oportunidade de conhecer e desenvolver seu lado forte, não conhecem a dor do desamparo, o vazio que impulsiona a construir e melhorar. E por isso também não encontraram mais possibilidades e mais descobertas.
Depois de oito meses definitivamente já não sou mais a mesma. e também não levarei a vida como pensei que o faria, há um ou dois anos atrás. Só consigo sentir que ganhei com isso. Só consigo ver que as coisas podem ser beeeeemmm melhores. E não espero mais da vida as mesmas coisas. Porque aprendi a esperar mais de mim mesma do que dos outros ou das circusntâncias. Aprendi a confiar em mim, a contar comigo mesma. Descobri a alavanca que me impulsiona em direção aos objetivos (dos mais banais aos mais complexos), ou simplesmente que me mantém forte nas durezas da vida, tão difíceis quanto necessárias. Essa alavanca sou eu.
Essa descoberta me colocou anos-luz à frente do que eu era. Por si só, ela já valeu todo o esforço até aqui...

"Todas as grandes tentavias são arriscadas, e é verdadeiro o provérbio segundo o qual aquilo que vale a pena nunca é fácil." Platão