quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

já começou


Noite passada sonhei que fui prestar vestibular.
Cheguei meia hora atrasada, ainda na tolerância do horário (!!!), consegui entrar pra fazer a prova (hein?). Mas por causa do atraso, meu tempo ficou ainda mais curto que os demais candidatos (como punição pelo atraso, eu tinha só uma hora pra fazer tudo!).
Mas fiquei tão nervosa que não consegui fazer nada, nem a ridícula prova de inglês.
Brigaram comigo, tomaram minha prova, me mandaram embora.

Fiquei indignada, segurei a cabeça com as duas mãos e repetia desesperada que estava fudida, chorei, esperneei, apelei pro sentimentalismo...

- Mas moço se eu perder essa chance, só ANO QUE VEEEEMMMM!!!! Deixa eu terminar a prova, PELOAMORDEDEUS!!!


...

Isso é só o começo, pessoal!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

disfunções natalinas

Alguém aí desse lado ta acostumado a ter o tal Feliz Natal igual os capítulos natalinos das novelas, ou o da propaganda de fim de ano da Globo?
Isso me deixa encucada... Porque pra mim Natal nem sempre foi isso.
Passada a infância, em que Natal é seeeempre bom, com todos aqueles brinquedos (nunca pude reclamar disso, Papai Noel sempre foi legal comigo nesse ponto), esta data deixava cada vez mais a marca chata de separação.

Explico.

Ser filha de pais separados (e filha única também), significa que nessas datas é necessario escolher entre estar com uma família ou com a outra. Por isso, o almejado Feliz Natal não é regra pra mim.
Escolho estar com uma família, aí a outra reclama, faz drama, chantagem emocional (cada qual a sua maneira) e te pregam na cruz. E você nem tem um irmão pra te ajudar no discurso dos porquês. A carga pra manter a diplomacia é sua, só sua.

Durante muitos anos dividi minha noite de Natal em duas. Chegava uma determinada hora, eu deixava uma família e ia ceiar com a outra. Resultado? Família A chateada, porque não fiquei até o final da festa/ família B aborrecida porque a ceia já tava quase fria.
Ah, eu, sim, eu - indignada de ter que sair no meio pra pegar outra festa no final.

Além disso, já dirigiram pela cidade no meio da noite de Natal? Existe uma enhaca no ar que emana uma depressão /sensação de abandono qualquer.
Acho que era eu.

Ja tentei viajar na noite de Natal, também não funcionou direito. Menti dizendo que tinha que trabalhar (era recepcionista de hotel na época). Mas passei tanto tempo no telefone ouvindo “que chato, hein? Mas que coisa!“, que acabei me aborrecendo por igual.
Passei dois natais na Austrália que não tiveram cara de Natal (a cara que sempre teve pra mim), aí foi ótimo.


Então estou de volta, e decidi que a onda agora é simplificar a MINHA VIDA.
Por isso esse ano eu vou ficar com minha mãe (leia-se com a família da minha mãe também).
E por quê? Ora bolas, porque é minha mãe e pronto! Simples.

O problema do Natal (além da maionese estragada e das canções natalinas insuportáveis) é que a gente fica angustiado por não poder se dividir igual ameba pra atender a todos que nos requisitam e puto porque tem que explicar mil vezes que não ama menos aquelas pessoas com quem a gente não está.


Fora isso, é legal.
Adoro as comidinhas, as decorações, os presentes! Quem não gosta?



domingo, 6 de dezembro de 2009

que país é este? é a p... do Brasil

Nenhuma outra palavra do nosso dicionário esteve tão em baixa quanto a palavra absurdo. Assim como qualquer outra que se menciona em demasia, ela soa, sei lá, desbotada, sem impacto, insosa.
Então, não vamos falar em absurdo. Vamos falar em esdrúxulo. Pra mim essa soa mal, muito mal, soa tambem vergonhoso, horrendo, nojento.
Isso eu me pergunto após os tais vídeos, em qualidade HD diga-se de passagem, daqueles senhores arrecadando (?) todo aquele dinheiro, se absurdo é suficiente pra qualificar o que se passa na nossa realidade. Absurdo virou uma palavra fraquinha, debilitada no Brasil, de tanto que a gente a utiliza corriqueiramente.
Mas corrupção é uma outra desconfortável de se ouvir, ainda mais sabendo quem trabalhou pra gerar aqueles bolos gordos de notas nas mãos daqueles senhores. Porque é para as mãos deles que o nosso esforço vai.
Piora o desconforto sabendo quantos meses o brasileiro trabalha em média pra pagar impostos europeus e ter que se virar pra viver no terceiro mundo.
Sim, terceiro mundo, é onde posiciono o Brasil, nos meus conceitos. Pois não adianta nossa economia despontar, nossa indústria ser forte, nossas exportações se espalharem mundo afora, nosso PIB aumentar, o pré sal... e tudo mais. Terceiro mundo é onde o interesse da tirania política sobrepõe o respeito a população. Então nessas horas eu me sinto sim, no terceiro mundo. E ponto final. Pesquisa nenhuma me convence do contrário.
Porque no terceiro mundo, é salve-se quem puder. E aqui no terceiro mundo, a gente tem que se virar pra nos proporcionarmos o que aquela grana deveria nos proporcionar. Então, sorte de quem pode pagar o que o governo nåo nos dá de volta em troca pelos impostos que pagamos. Sorte de quem pode viver com alguma segurança, sorte poder pagar plano de saúde e educação de qualidade, sorte poder morar em rua asfaltada ou em bairro com saneamento.
Aqui no terceiro mundo, eu me sinto largada à minha própria sorte.


E sabe, depois de termos aquela cena invadindo nossa televisão e ceifando o que resta da nossa confiança, temos aquela amarga e nítida sensação de que vai dar em NADA, que daqui a pouco já se esqueceu a respeito, ou que o escandalo será sobreposto por outro ainda pior.
Aqui, no terceiro mundo, tudo que o governo tem a nos dizer, figura numa grande piada de mal gosto.
Votei nulo nas ultimas eleições, e claro, fui criticada. Me disseram que quem não participa nåo pode reclamar depois (como se fosse vantagem ou se adiantasse), entornaram nos meus ouvidos uma lorota qualquer de que o voto é o poder do povo...
Mas não nesse país, certo, companheiro?

Pra mim a equação é simples. Quem não respeita meu trabalho não merece meu voto.
E passados esses anos, vejo, entristecida, que não me arrependo dos votos anulados.
Porque eu continuo não concordando em sustentar bandido. Nem os do presídio, nem os do planalto.
Eu tenho vergonha desse país.

(...) sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
mas todos acreditam no futuro da nação.
Que país é este? (...)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

divagações desacertadas sobre aleatoriedades espinhentas que te acordam na segunda de manhã

Interessante como resoluções dolorosas podem mesmo ser necessárias.
Como as mais importantes movimentações são polêmicas, sempre.Pois o apoio vem de diferentes maneiras, de cantos inesperados, ou talvez não venha. E que esperar por ele é uma grande bobagem que a gente faz.

Como as descobertas nunca vêm com estrela na testa. Elas parecem um bicho camuflado à primeira vista.

E que não há nada que não mude nunca. E que por isso não vale a pena contar que as coisas, por melhores ou piores que sejam permanecerão as mesmas. E que por isso, a gente não se apavore e nem se acomode demais.

Aprendi que ser capaz de compreender é privilégio de quem sabe amar de verdade.
Pois todos dizem amar, mas nem todos sabem fazê-lo. A música estava errada quando dizia que "qualquer maneira de amor vale a pena".
Então para alguns tipos de amor, prescreve-se o silêncio, a distância, os ouvidos mais atentos, escudos ou armaduras. Isso porque algumas pessoas machucam sem ver quando dizem amar. Outras, amam sem dizer e machucam igualmente.

E que o que a gente quer às vezes é diferente do que a gente precisa. E do que a gente diz precisar nem sempre a gente precisa mesmo.

Ando pensando que o nosso lugar no mundo é o nosso lugar dentro de nós mesmos. Este lugar sim, deve ser construído cuidadosamente, pra que sempre que olharmos pra dentro a gente se encontre.

E em todos os outros lugares que a gente ocupa, é bom que saibamos que estamos sempre de passagem, pra que isso não nos cause dor.
Por isso ser forte é o que há. Vou dizer por aí que tá na moda.

"Don't tell me that I won't
I can
Don't tell me that I'm not
I am
Don't tell me that my masterplan
Ain't coming through
Don't tell me that I won't
I can
Don’t tell me how to think
I fell
Don't tell me cause I know what's real
What I can do

Something that you don''t see every day
A little girl who has found her way
In a world that tries to take away
All of your dreams
(...)
And when we're singing it out our voice
We can make that choice to be free"
Free me - Joss Stone

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

zona rural

O fixo ja foi, o celular, acabou de ser parido.
Por enquanto, a gente se comunica como pode.


Ah!A Internet? Ta quase, gente, quase!
Aceito mandingas, rezas... to fazendo qualquer negocio!!!

sábado, 31 de outubro de 2009

torto


Não há nada que justifique o que é errado.
O errado que sempre será errado, em qualquer época, tribo, latitude, partido político.
Existe aquele errado relativo, que sempre depende disso ou daquilo.

Mas existe um errado puro, igual a um tumor. Não existe um tumor bom, benéfico. Ainda que seja benigno, é errado, não pertence àquilo ali, vai contra a natureza, é um erro do funcionamento normal da coisa. Torna a coisa inteira errada.

E porque é que temos que aceitar esse errado?

Tenho que aceitar porque não tem remédio? Isso não torna o errado certo, muito menos bom, sequer razoável.
Aquele de tão errado que não dá nem pra quebrar um galho. Bicicleta sem rodas.
Esses errados nos dão o direito de estarmos insatisfeitos, tristes, putos, frustrados. Eles nos dão o direito de repensar a nossa tolerância.

Então me dá licença. Eu estou no meu direito.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

eu, robô

Olha, eu não entendo.
Tava passando essa propaganda com umas imagens lindas, de pessoas tomando chuva no rosto, brincando num balanço, tomando vento nos cabelos e tals...
E os seguintes dizeres apareciam (mais ou menos assim):
"Você já imaginou... se a tecnologia... fizesse com que você... se sentisse mais humano?
Conheça VAIO"
°°
Perái gente, páratudosocorro!
Existe uma gradação, mais humano, menos humano?
Não existe e prontoacabou! (pausa pro chilique)
Eles querem me convencer de que eu poderia ser mais humana? Com a ajuda da tecnologia???
Você conhece alguém 72% humano??? Seu vizinho é só 56%? Você está lutando pra chegar nos 87%? Aquela sua amiga atingiu 92% em um mês?
Tipo assim igual azeite, água destilada, lençóis de algodão, extrato de baunilha, bebida alcoólica, essas coisas com uma porcentagem de pureza ou concentração?
Eu não entendo, juro que não.
Entenderam meu ponto?
Eu to confusa, desculpa aí o mal jeito.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

me erra

Não importa que você já esteja quase nos trinta.

Pra algumas pessoas não há limites. Elas sempre se sentirão no direito (ou no dever) de te dizer o que fazer, como quando você tinha dez ou quinze.

E elas despejam isso sem pestanejar; e te cobram, como se você realmente tivesse que fazer (e fosse fazer!) o que elas dizem.

Não me venha com esse papo de que "eu falo pro seu bem". Isso não é amor, é falta de respeito.

Já passei também da fase de perder meu tempo explicando meus porquês, até porque ninguém está disposto a entender. Então que se dane.

A gente só cresce quando assume os riscos de assumir suas posições, doa a quem doer. Porque quem não é forte pra isso não vive a própria vida, vive a vida que os outros querem pra gente.

Ainda bem que não vim ao mundo pra agradar.
Foi mal aí, mas não vai dar não.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

tá na hora

Nada mais injusto do que não ter escolha. Sacanagem, ironia de verdade.
Alguém que não tem escolhas e tem que aceitar o inaceitável ou o razoável, é alguém triste, penso eu.
Mas nada é mais ridículo do que ter escolha e não conseguir escolher.
É simplesmente ridículo. E é também sacanagem, ironia de verdade.
A gente pensa que quando as escolhas pipocarem nas nossas mãos, teremos adultescência (âhn?) suficiente pra apontar e dizer sem pestanejar: "é isso aqui mesmo".
Mas adultescência é um estado de espírito, tipo um espirro, ou seja, às vezes...
Vou pular a parte das respostas e caminhos, nhénhénhé.
Frustrante pensar que deveria estar um tantão feliz agora mas não dá tempo pra isso.
Porque não se encontra satisfação no meio de incertezas.
A gente não se encontra no meio de incertezas.
E quando a gente não se encontra, a gente encontra quase nada.
Quase tudo parece errado e a gente parece tão errado quanto vazio.
Tem coisa na vida que devia vir com manual, placas, calculadoras, simuladores 3d.
Eu não estaria à beira da minha beira, sem eira.
E não é a primeira vez.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ando-se

No início a gente não entende.
Por que mesmo que o céu esteja nublado a gente ganha um bronzeado gringo-camarão
Por que trânsito é sinônimo de insanidade
Pra que existem quebra-molas nas ruas de pedra off-road
Ou por que é mesmo necessário (ou divertido) lavar a calçada com a mangueira durante horas
Por que tudo demora tanto mesmo com 255 funcionários trabalhando debaixo do mesmo teto
Por que existe tanto cachorro abandonado na rua
Por que (mas por que mesmo????) que o Lula ainda lula-lá
Pra que é que servem mais 8000 novos cargos pra vereadores que não servem a niguém
Por que as pessoas ainda se ocupam em me perguntar surpresas (como se não soubessem meeesmo) porque é que não quero filhos
Pra que se marcam horários que nunca são cumpridos
Pra que mesmo serve o Sarney? Nem o Lula votou nele...
Por que todo mundo acha que quem volta do exterior volta rico?

Me disseram que tenho seis meses pra reclamar do Brasil.
Mas eu já sei porque amo isso aqui, afinal...


domingo, 20 de setembro de 2009

Beautiful!!!

É o que os australianos dizem quando algo é muuuito bom, além das expectativas.
Eles fazem uma entonação que fica tipo: "biiiiutiful", única e engraçada por sinal.

Foi só o que eu consegui dizer, espotaneamente, quando o avião ganhou altura e eu olhei emocionada o mar azul turquesa de Adelaide.

Tudo e todas as lembranças agora cabem e se adequam direitinho nessa palavra
:)


A caminho do Patropi

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Nos bastidores

Noite passada sonhei que estava numa praia e eu tinha que seguir caminhando pela areia. Era frio, muito frio. Mas tava sol. E as algas que estavam na areia, de verde, passavam a ficar brancas, congeladas. Aí não tinha como eu sair da praia atravessando a areia, só voltar pela beirada mesmo. Mas aí o caminho de volta passava por dentro de um negócio de ferro, que parecia um vagão de trem, todo vermelho. E eu não conseguia sair de lá mais.

Pronto, acabou.
Entendeu? Nem eu.
Adoro sonhos malucos. É a única hora em que ninguém liga se fizermos coisas estúpidas que não levam a nada.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Eu descobri que

a gente só constrói quando aprende a desapegar.

Depois de chegar no auge da chateação com a mudança, resolvi que o que for será e vai ser bom. Mas só vai ser bom se eu me concentrar no que precisa ser feito agora, não no que não posso resolver.

Tem esse cara que diz que a vida é igual uma aposta. Às vezes a gente ganha aqui, depois perde ali. E assim vai. Não dá pra ter tudo sempre.
Eu invejo a capacidade dele de gastar o tempo e a energia apenas com o que o momento pede.
Ando aprendendo a fazer isso, devagar, mas vou indo.
Eu amo esse cara, muito!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Avista

Assisti Ensaio sobre a cegueira e passei o resto da tarde meio o zonza, de tanto que as rodinhas na minha cabeca giraram e giraram.
Eu nao li o livro nao, provavel que leia, mas certamente Saramago esta agora na minha lista de genios. Ja tem um outro dele aqui na estante pra ler.
Pra mim alguem capaz de nos atentar pra coisas obvias e genio mesmo. Aquelas de tao obvias que a gente nao percebe. E alguem que o faz com tanta sutileza e criatividade nao pode ser menos que genio, nao mesmo.
Nao to dizendo do obvio se voce e cego voce nao enxerga, que vai ter que se readaptar, que vai precisar de ajuda.
Digo o obvio que nos somos frageis, que nossa civilizacao e sustentada por fios fraquinhos entrelacados que a gente tem como pilastras. Digo (na verdade ele disse) que inevitavelmente precisamos uns dos outros mesmo negando o fato, por mais que nos reafirmamos cada dia mais como super-ultra-independentes, nos distanciamos nao so daqueles que ja estao proximos inevitavelmente, mas nos mantemos distantes " cada um com seus problemas" (a frase do seculo?), cada um na sua, tendendo sempre a sermos mais e mais centrados em nos mesmos.
Entao a hipotese: E se todos perdessem algo de igual valor (essencial) pra todos, ao mesmo tempo, incapacitando a todos igualmente? No final das contas, eles so teriam uns aos outros. E os que nao se atentasse pra isso teriam ainda menos. E entao eles percebem que a nova ordem naquele meio e movida por solidariedade mutua. Nao devido a piedade ou compaixao. Por necessidade, o que muda tudo.

E o que e mais obvio nisso tudo? Que o que mais precisamos sao as coisas que nosso olhos estao desaprendendo a enxergar. E que se nao acordarmos pra isso nosso fim vai ser muito triste. A guerra de pau e pedras que Einstein falou.
(esse post nao tem acentos. Usei o computador burro)

domingo, 30 de agosto de 2009

As andorinhas voltaaram!

Então, a caminho (das Índias?) não; do matão, da terrinha, do bananal, do país tropical, ame-o ou deixe-o.

Aí tem que levar a tralha, estimada tralha.
Aluga um container, não dá pra levar a casa na mala.
Nem as roupas e sapatos de frio. Nem a cama king size, nem as 198 panelas, meus 67 cremes...
Mas um container é caro. Tá bom, meio container então dá.
Mas meio container demora pra chegar. Oito semanas!



Mas será que chega mesmo?

Chega! Olha, só não dá pra levar mais nada! Recém-chegados, recém-fudidos?
Pára de olhar coisas bacanas pra comprar. Pára de querer levar mais vinho!
Ah, vai, mais uma garrafinha, não vai fazer diferença!
Já vai inteirar 119 mesmo...!

Só mais uns negocinhos, vai!

Ocupadíssima com essa mexida toda!

Nat

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Olha as minhas fotos

Eu já queria escrever esse post há vários dias. Mas bastou uma passeada pelas atualizações dos meus amigos no Orkut pra que eu me decidisse.
De todas as invenções modernas, a que mais me irrita é a fotografia digital. Não é nostalgia barata por causa do filme, nem por causa do "clique" que as máquinas convencionais faziam. Até porque o maldito filme era caro pra revelar e eu odiava esperar pra ficar pronto, ir buscar, etc. Mas sabe o que me irrita, de verdade? É que o descompromisso de desperdiçar uma foto no filme faz com que as pessoas tirem foto de tudo, o tempo todo!
Nunca reparou? Então comece. Pegue o Orkut ou o Flickr de qualquer um dos seus amigos. Te garanto que 90% deles vão ter lá fotos de tudo. Da comida que comeram no restaurante fim-de-semana passado, dos próprios pés, de qualquer coisa estranha que viram na rua, de ingressos de show, da própria cama bagunçada, do ultra-som do bebê, do copo de cerveja... e claro... 2.598.952 fotos de si mesmo (aquelas clássicas no espelho, que se tira 125 até escolher a melhor pose, a que não entrega o nariz grande ou as olheiras).
Devo confessar que eu também já fui assim, já sofri disso. Mas ó, cansei, viu?
Banalizou total, ficou chato, patológico. Sabe porque? Às vezes me dá a impressão de que as pessoas vivem hoje pra tirar foto pra colocar nos orkut da vida. Elas ajuntam os amigos, viajam, sentam pra almoçar ou beber, se arrumam... tudo pra tirar foto. E se a maquiagem ficou boa, o cabelo tava bom então, aff! Nem fala! Dá-lhe foto no espelho!
Não importa quando ou onde. Vai ter sempre alguém que vai sacar o celular ou a câmera pra fotografar aqueles momentos que deveriam ser autênticos... Parece que tudo é cenário pra foto perfeita, aquela que vai mostrar no Orkut que você tá bem, num lugar bacana, rodeado de pessoas felizes e se divertindo.
Essa facilidade high-tech não seria pra tornar as fotos menos "pose", mais espontâneas? Mas não, acontece o contrário. As fotos ultimamente se parecem, as poses se parecem. Me impressiona como todo mundo já tá ensaiado pra ficar bem na foto.
Outra coisa são as fotos de viagens. Ando ultimamente tirando o mínimo possível, só quando acho que realmente vale a pena. E juro, não me arrependi ainda, tipo "deveria ter tirado mais, que pena". Se não tem aquele monte absurdo de fotos, significa que você não viu,não curtiu?
Quando vejo as 350 fotos de viagens desses maníacos-fotográficos, fico me segurando pra não perguntar: "Mas você conseguiu aproveitar mesmo? Você realmente viu esse lugar? Porque me parece que você foi lá só pra tirar foto."

Ultimamente, naquelas ocasiões em que todo mundo tá lá numa boa e de repente aparece a figura: "Junta aê, gente, vamo tirar uma foto!", ando com vontade de tomar a máquina da mão da pessoa e jogar longe!
Sei lá, cara, vive o momento. Dá um descanso, vai. A sua vida pessoal não é novela. Ninguém quer te acompanhar assim não.

Tenho um desafio:
Quando você tiver num lugar muito legal, se divertindo muito, quando tudo aquilo for o cenário perfeito pra uma foto... Não tire foto nenhuma. Viva o momento.

Vira essa câmera pra lá.

Nat

nem tanto assim

Os hospedes foram embora.
Amélia, de folga do trabalho hoje, faxinou geral. Lavou as paredes do banheiro, não se esqueceu dos rodapés, em cima da geladeira, os parapeitos das janelas e aspirou com capricho os quartos.
Tudo acabado, até que o reflexo da luz no piso preto entregou o que ela menos esperava...
"Ah não! Manchas!
Como pode?? Ainda parece encebado!!!"
Saiu indignada em direção ao armário de produtos de limpeza.
"Vai ser com água sanitária. Quero só ver se não sai!"
E enquanto calçava as luvas rosa choque, de repente, um insight...
"Ahn? Quê?
Blah, que esfregar mais o quê!"
Luvas e água sanitária de volta no armário.

Tenho mais o que fazer... Mesmo que não saiba exatamente o que fazer agora.
Aí começam as argumentações mentais. Vide abaixo:
"Ahn.. eu bem podia ir pra academia malhar..."
"Quê? Tá doida? Nesse frio???
"

Já foi. Amélia cansa a minha beleza.

domingo, 9 de agosto de 2009

compro

Algumas coisas deviam sim ter preço.
Porque mesmo que alto, eu usaria meu Mastercard e tava resolvido
.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Deviam proibir isso

Olha, eu ja não to boa, né?
Então, pra ficar ainda mais legal, essa mulher senta do meu lado no bonde de manhã cedo.
O perfume da sujeita era tão insuportável que eu tinha certeza que:

1) ela o herdou da bisavó
2) ela o herdou da bisavó e diluiu em alfazema extra-forte pra render
3) pra dar uma textura, ela adicionou talco de rosas
4) ela usa sem miséria e vai pegar o bonde pra castigar pessoas inocentes

35 minutos de infusão (eu) naquela névoa.
E eu não cheguei nada feliz no trabalho.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

a little less conversation

Eu vou me juntar ao grupo daqueles que observam mais que falam. Juro que vou tentar.
Porque ha coisas na vida que vem mesmo a calhar pra que todo mundo tire da gaveta as filosofias que dao solucao pra tudo.
Mas sim, aquele grupo pelo menos nao se desgasta tanto.
Estatísticas provam.


E tenho dito.

reza a cartilha dos infernos

Hoje chegou um email de uma fulana que senta na cabeca meia duzia de coitados la no hotel dizendo que era pra todos se lembrarem de sempre carregar consigo o livrinho do " credo". Os senhores da picagrossa la de Singapura devem estar fiscalizando o hotel nessa semana e por isso querem saber se ta todo mundo craque no catecismo.

Deviam mesmo vir aqui na minha masmorra, passar um dia respirando carpete sujo com odores de estacionamento que vem pelo ar condicionado, enquanto arrotam um servico cinco estrelas.

Sim, mas o livrinho... Uma praga do apocalipse, na figura de uma brochura de bolso, onde se estabelece a (va) filosofia de um mundinho ridiculo e desimportante chamado: hoteis de rede. Eles ate colocam em topicos, pra ficar facinho de decorar. Nele hospede eh a figura maxima do momento e merece toda a sua atencao e devocao...

Gente, me poupem...

Ninguem mandou voce se formar em turismo. Agora fica ai furando o livrinho com a caneta, igual vudu, enquanto le artigos sobre Freud na net depois que a supervisora foram embora.

E escreve no blog, porque alguém precisa ouvir suas reclamacoes.


Ps: esse post nao tem acento mesmo. O computador daqui e burro e nao sabe portugues.



terça-feira, 21 de julho de 2009

Pra sempre

"Senhor, já é tempo: foi tão longo o verão
Estende as tuas sombras sobre as horas solares
E solta os ventos sobre os campos
Ordena aos últimos frutos que se completem"
Dia de Outono - Rilke

Hoje eu vou ver o mar, como ele me levou pra ver pela primeira vez
Ele vai estar nas minhas memórias mais doces
Sempre comigo enquanto aqui eu existir
Nossa condição humana é frágil, mas o amor que reside nas lembranças é eterno
Desejo que você fique em paz, Vô

Maria (como ele me apelidou)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A soma dos fatores

Situação equacional atual

Colegas de trabalho mal-amadas
Colegas de trabalho mal-amadas + excesso de trabalho
Colegas de trabalho mal-amadas + excesso de trabalho + plantão de vendas até 10 da noite
_________________________________________
= Minha vida está um inferno com upgrade

Some o resultado a:

Nada que planejei fazer essa semana deu certo
Sem tempo pra fazer as unhas, há mais de uma semana
A casa está um pandemônio
Os hóspedes chegam amanhã, mas ainda não arranjei cama pra eles dormirem, coitados
TPM com bônus extra
Tá frio demais, não estou com vontade de fazer nada que me exija pôr meu nariz pra fora de casa
__________________________________
= Se piorar eu surto

Nat

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Aqui

Já me preguntaram se parei de escrever de vez aqui. Não, não parei. E tem um bocado de coisa acontecendo. Faria uma lista, mas o tempo anda curto.

Tenho uns trecos pra resolver/fazer/procurar saber/pensar, além de (argh) mais trabalho que o normal.

Entedeu, né?
Isso, que bom. Adoro gente esperta, que capta a mensagem com facilidade.

Nat

sábado, 4 de julho de 2009

Roxa




De saudade.
E nada mais a declarar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Quem riu, fui eu

Porque sou filha de Deus (imagino que sim, talvez, ou não, não sei)
Então me permito rir de besteirol. Na minha reduzida capacidade de produzir piadas, compensei sabendo me acabar de rir com facilidade.
Por causa dessa aqui me engasguei com o almoço. Não sou adepta do ctrl+c/ctrl+v, mas dessa vez não resisti.
A fonte é o Sociabilidade Seletiva
Obs: Sim, claro, não me responsabilizo pelo conteúdo (tá achando que sou besta, é?)

CONCURSO PÚBLICO INTERNO para concorrer a uma vaga de assessor de Deputado. As questões foram elaboradas a pedido de um digníssimo deputado para provar que não existe essa história de nepotismo e que é preciso estudar e ter seu cargo garantido após uma prova.

QUESTÕES:

1) Um grande presidente brasileiro foi Castelo _________
( ) Roxo( ) Preto ( ) Branco ( ) Rosa choque ( )Amarelo

2) Um líder chinês muito conhecido chamava-se Mao-Tsé______
( ) Tang( ) Teng( ) Ting( ) Tong ( ) Tung

3) A principal avenida de Belo Horizonte chama-se Afonso_______
( ) Pêlo( ) Pentêlho( ) Penugem ( ) Pena( ) Cabelo

5) Quem descobriu a rota marítima para as Índias foi __________
( ) Volta Redonda ( ) Fluminense ( ) Flamengo ( ) Botafogo ( ) Vasco da Gama

7) Grande Bandeirante foi Borba _______
( ) Lebre ( ) Zebra ( ) Gato ( ) Veado ( ) Vaca

8) Quem escreveu ao Rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil foi Pero Vaz de ______
( ) Anda ( ) Pára ( ) Corre ( ) Dispara ( ) Caminha

9) Um famoso ministro de Portugal foi o Marques de ________
( ) Galinheiro ( ) Puteiro ( ) Curral ( ) Pombal ( ) Chiqueiro

10) D. Pedro I popularizou-se quando __________
( ) eliminou a concorrência ( ) decretou sua falência ( ) saturou a paciência ( ) proclamou a independência ( ) liberou a flatulência

11) Pedro Alvares Cabral _____________
( ) inventou o fuzil ( ) engoliu o cantil ( ) descobriu o Brasil ( ) foi pra puta que pariu ( ) tropeçou mas não caiu

12) Foi no dia 13 de maio que a Princesa Isabel____________
( ) aumentou a tanajura ( ) botou água na fervura ( ) engoliu a dentadura ( ) segurou a coisa dura ( ) aboliu a escravatura

13) Um grande ator brasileiro é Francisco Cu______
( ) sujo ( ) de ferro ( ) oco ( ) largo ( ) apertado

14) O autor de Menino do Engenho foi José Lins do ______
( ) Fiofó ( ) Cu ( ) Rego ( ) Furico ( )Forevis

15) O mártir da independência foi Tira___________
( ) gosto ( ) cabaço ( ) que está doendo ( ) dentes ( ) e põe de novo

16) D. Pedro I às margens do Rio Ipiranga, gritou_______________
( ) Hortência volte! ( ) Eu dou por esporte! ( ) Como dói, prefiro a morte! ( ) Independência ou morte!
( ) Maria, endureceu! Que sorte!

Pra começar a segunda-feira. Nada como algo pra não ser levado a sério (a começar por esse blog aqui)

Nat

terça-feira, 16 de junho de 2009

Estou confusa

E meio sem assunto também.
Confusa porque...

Acho que estou meio em idade avançada pra ter espinhas, mas também é meio cedo pra ter (tantos, oh Deus, tantos!) cabelos brancos. Mas meu organismo ainda não se decidiu, logo, tenho os dois e eu estou confusa.

Ainda no quesito madeixas... Como uma das perguntas mais ouvidas no Brasil foi: "Por que o seu cabelo tá preto??" resolvi deixar o tonalizante sair pra tentar depois pintar da minha cor natural. Mas não são vocês que têm que aguentar os brancos reluzindo no espelho, né?

Confusa e indignada, porque gastei alguns vários reais pra trazer do Brasil o único remédio de cólica que funcionava "pá-pum". Mas aqui ele só funciona às vezes. Porquê? Não sei. E por isso fico de mau humor, péssimo humor.

Amélia, também confusa, não achou lustra-móveis no supermercado ontem. Simplesmente não existe isso aqui. E nem pano de chão . Só umas esponjas estranhas acopladas ao que seria chamado de rodo. Além disso, o alvejante não alveja (não, água sanitária não chegou aqui) e o OMO é uma porcaria mesmo sendo caro. Mas calma, você está na Austrália, aqui ninguém se preocupa em limpar tanto. Pra quê essa bobagem? Ah, abre um vinho e esquece essa cultura tupiniquim de limpeza! E dá-lhe camiseta branca e meias encardidas. Depois vão dizer por aí que Amélia não é de nada.

Muito confusa, porque acho que depois de quatro dias sem trabalhar (sábado, domingo, segunda e terça), ainda precisava de mais um, pelo menos mais um mísero dia de folga.
Peguei a gripe confusa, (a suína não). Uma gripe que não vai nem fica, mas deixa a meleca eternamente. E, claro, passei pro Rodrigo (marido é pra essas coisas também)...

***Esses aí foram vacinados, eu garanto***
Nat

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O ornintorrinco chinês, as luvas e a economia


Essa semana precisei comprar luvas novas porque as que usei no inverno passado foram pro saco.
Fui até a "Cheap as Chips" daqui do bairro e achei lá um par por $2.95, boas por sinal.
Essa loja é a versão australiana bombada do que a gente conhece no Brasil como "loja de R$1.99" (onde nada custa R$1.99 na verdade), onde se sabe que pode se encontrar artigos variados de qualidade duvidosa e procedência 99% CHINA. Mas essa loja tem de tudo... cosméticos, artigos de cozinha, de banheiro, de pet shop, balas, cadernos, tudo, inclusive móveis. Já achei lá até Nescafé produzido no Brasil e embalado na Argentina... uma confusão!

Esse tipo de loja é bem popular aqui, pois obviamente, se você quer economizar, essa é a chance. Mas o grande x da questão é: tudo vem da China. E por que isso seria um problema? Pra mim ultimamente, não é só saber que o negócio não vai durar tanto, mas também saber que as pessoas que trabalharam lá na China pra produzir esses artigos estão conformadas em trabalhar 60 horas por semana pra ganhar um salário-esmola. E porque eles são não sei quantos bilhões, tem sempre alguém querendo o seu trabalho, não importa a remuneração absurda. Qualquer coisa é melhor que nada, certo?
Ou... se eles não estão felizes, eles que saiam do país deles... certo? Certíssimo. Vem aqui pra você ver o tamanho pornográfico da comunidade asiática...
Tá, agora você vai dizer que eu sou ridícula, porque se eu não concordasse com isso mesmo, eu não tinha ido a tal loja e feito minhas comprinhas lá. Sim, eu concordo, mas ainda não tenho cacife ($$$$) pra comprar produtos 100% locais, que obviamente são mais bem caros.
Na conjuntura atual, as pessoas aqui estão, pra dizer em linguagem polida, de saco bem cheio dos "made in China". Isso porque o australiano têm uma consciência considerável sobre o quanto é importante dar apoio a produtores locais, que empregam mão-de-obra local, usam matéria-prima local e geram renda e impostos pro país, etc. É um ufanismo moderno, mas infelizmente, nem todo mundo (assim como eu) pode sustentar essa escolha. Outro problema é que quase tudo (mas é quase tudo mesmo) vem da China! É impossível fugir disso aqui!
Mesmo que eu tivesse ido à loja de departamentos mais cara daqui pra compras minhas luvas, tenho certeza absoluta que elas não seria em nada australianas. Teriam o maior sotaque chinês!
Com exceção da maior parte dos alimentos, sua casa vai estar repleta de produtos chineses, por menos que você concorde. Pra dar alguma variação, algumas coisas também vêm de outros países em situação semelhantes, tipo Indonésia, Malásia, Filipinas, Índia, Paquistão; que pela proximidade geográfica, explicam o preço barato (às vezes absurdamente barato) que se paga.
Quando estive no Brasil, levei um ornitorrinco de pelúcia pra um amigo. Quando fomos escolher, fomos a uma loja super-bacana de souvenirs produzidos aqui. E era tudo lindo e muito bem feito. Mas o tal ornitorrinco devia ter cotações altíssimas na bolsa de valores. Logo, fui obrigada a comprar (pasmem,o ornintorrinco!), o que era feito na China, a $2.95. Fazer o quê, era só um brinquedo de pelúcia...
E no Brasil, durante as férias, fiquei super-ufanista! Tudo que comprei era Made in Brasil, Indústria Brasileira, Fabricado no Brasil. Não que estejamos livre da invasão dos produtos chineses, sei disso. Mas aí no Brasil, ainda se tem alguma chance de escolha.

Made in

Nat

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quick-causos

Eu, ser pensante que sou, na mais completa falta de assunto, resolvi contar os últimos casinhos. Ah, e claro, minhas conclusões a respeito.

# O ataque dos nervos à beira das mulheres
Quando se trabalha junto de oito mulheres numa mesma sala, nota-se ainda mais marcadamente, que na vida é esperto saber a hora de falar e a hora de calar. Mas nessa concentração de hormônios femininos, é sempre hora de falar? E elas não se calam, simplesmente, nunca. Interessante ver também como basta uma virar as costas que... Bom, o resto da história é mundialmente conhecida. Ninguém escapa do veneno. E como eu não me pronuncio, é ainda mais divertido como acabo ouvindo 55 versões e opiniões a respeito de um só caso. Eu me aborreço, mas me divirto!

# Envelheci ficando velho
Uma senhora ligou essa semana querendo o seguinte: A filha deu a ela um voucher de presente no valor de $50 pra almoçar ou jantar lá no hotel. Ela queria passar o voucher de volta pro nome da filha dela, porque: "Eu já estou velha e já não saio muito de casa mesmo". (Viram a minha cara de "ahn?") Lição do dia? Quando estiver descendo a ladeira, faça-se o favor de não acelerar o carro. Papai do céu me livre disso quando for a minha vez, ai que medo...

# Mulher de verdade
Amélia está aqui toda felizinha, porque comprou um super-ultra-legal ferro de passar roupa (porque tava quase colocando carvão no outro) e uma tábua de passar nova, levíssima, super-funcional! Ai, esse mundo feminino... Eu tento não me afetar, eu tento!

# Tudo pelo anti-social
Não sou assim chegada das minhas colegas de trabalho e desde que comecei nesse departamento (há sete meses...), nunca fiz força pra ir em nenhuma das reuniõezinhas, aniversários, noivados e etc (aliás, fiz um bocado de força inventando desculpas pra não ir). E sinceramente, não sou do tipo que vai se não estiver afim, se a companhia e o evento não forem do meu agrado. Esquece, não vou meeesmo. Semana passada percebi que minha supervisora ficou chateada por eu não ter ido no aniversário dela. E em várias oportunidades já brincaram dizendo que sou gás nobre e etc e tal... Sim, e por isso estou me sentindo de tal forma pressionada... Logo... O próximo evento? Um chá de bebê! Que graça! Não, calma, escuta! No DOMINGO! De uma às quatro da tarde!
Alguém manda qualquer idéia do céu, ou um dilúvio talvez? Eu prometo que vou, no próximo.

Ai que peleja hein?

Nat

sábado, 23 de maio de 2009

Round here

Esse espaço aqui é pra ser meu e por isso tenho (até) o direito de escrever coisas sem sentido se eu tiver afim, certo? Coisas que eu possa achar ridículas depois ou que desagradem a meio mundo que vai ler, que vai discordar, torcer o nariz, vai abrir o bocão pra dizer: "Unh, mas ela tá muito isso, muito aquilo, assim assado, blábláblá..." Ahn, juro que se dane tem hora.
Eu não sou muito de dizer que se dane, mas cá pra nós, dá licença. Não, eu não vou ofender ninguém nem xingar a sua mãe, nem o vizinho e nem fazer declarações sobre a política internacional e nem dizer que a culpa da crise é sua. Meu post desaforado é muito educado, por sinal. Não sou de despejar desaforos por aí de graça. Ahn, não estou fazendo sentido? Sinto muito, mas nem tenho o tal assunto, a pauta, o tema. A gente nem sempre faz sentido, nem sempre é coerente e eu num assinei em lugar nenhum afirmando que eu só posso dizer coisas bacanas e com sentido sempre. Aliás, eu nem estou escrevendo aqui com o intuito de ser lida. Na verdade faça de conta que não estou aqui. Isso é só uma página e você pode ir pra próxima. Num tô nem ligando, viu? Sério, não vou levar pro lado pessoal. Sou só uma pessoa com tédio agora. Quem nunca sentiu tédio? E sobre o que a gente fala quando está com tédio? Sobre o tempo? Sim, tá chovendo bem fraquinho, é madrugada de sábado pra domingo. Uma dessas horas em que dá um buraco e a gente se sente só, tudo é silencioso e esquisito. Dessas sensações estranhas que a gente experimenta e que a gente acha que são só nossas, que ninguém mais iria entender ou jamais sentiu igual, pois são coisas só da nossa cabeça, que acontecem só aqui dentro e que fazem parte dos nossos labirintos. Parece que tudo vai acabar e dá a maior vontade de chorar, dá um aperto horroroso. E parece que tudo mais que existe está muito longe da gente. Eu costumo ir pra janela e ouvir o mundo quieto lá fora, enquanto na verdade eu é que estou quieta aqui dentro. Quando eu era adolescente e esses dias aconteciam, eu fechava a porta do quarto, colocava uma música e abria a janela, podia estar frio ou chovendo, os vizinhos brigando ou ouvindo sertanejo. Ficava ali olhando pro céu e o que mais tivesse no campo de visão. Não pensava em me matar, nem queria morrer, nem me achava feia e gorda, não pensava em mais ninguém. Eu até podia chorar, mas pensava só naquele instante. Não mudei muito nesse quesito introspecções. Acendia a luminária e era capaz até de encher páginas de um dos meus cadernos só com os achismos que me vinham na cabeça nessas noites. Ainda, da até medo o tal silêncio, mas é estimulante.
Mas como os tempos mudaram, eu vim pro meu cyberespaço, pensei num título pra isso aqui, coloquei os fones de ouvido e tocou Round Here do Counting Crows. Round here? Sim, por aqui. Não estou aqui dizendo como estou por aqui? Pronto.

(eu ia dizer sobre abrir a janela e olhar pra ela, e essa daqui não abre... E não é que um imbecil passou aqui do lado de fora nesse minuto e deu um soco na janela pra me assustar? Pulei da cadeira mas não me toquei de onde veio o barulho. Quando abri a persiana ele tava com a cara de idiota grudada no vidro tentando olhar aqui dentro, pra ver o meu susto, sei lá. Saí pela porta afora pra, finalmente, desaforar alguém, mas ele já não tava lá. Que pena. Ele deve ter ganhado a noite infeliz dele me dando esse susto)
Tá vendo? Não sou a única a fazer coisas inúteis sem sentido no meio da madrugada.

Na verdade vir pro computador foi um jeito de driblar a falta de sono. Mas ele já chegou. E a trilha sonora é Kozmic Blues, da Janis Joplin. Super-embalou meu sono...

e como ela dizia: "get it while you can"

Nat

quarta-feira, 13 de maio de 2009

No caderno

Fico sempre surpresa com minhas anotações nos meus cadernos depois de um certo tempo.
Achei essas páginas escritas há pouco mais de uma ano atrás, quando ainda não tinha trabalho e tinha muito tempo pra pensar na vida.

"Hoje sou alguém que acha que realmente aprendeu com o passado.
Alguém que respeita o que foi, as escolhas que fez, que aceita os erros que comenteu - porque qualquer outra consideração a respeito é perda de tempo. Passou.
Aprendi a diferenciar as coisas importantes das realmente importantes - porque aprendi a ver o momento em que acontecem e se pedem minha decisão, a nomeação de prioridade.
Aprendi a extender o olhar a longo prazo, a pensar mais a fundo, fazer uma segunda pergunta, estar atenta a um detalhe, me perguntar se é realmente aquilo mesmo... Mas principalmente, considerar os fatos e decisões pelo menos por uma segunda vez.
Aprendi que as decisões não podem morar no impulso, mas sim na sensatez. E que para ser sensato - não incerto - o tempo sempre estará ao meu lado.
Sou eu, e não mais os fatos ou pessoas que me rodeiam que definem as prioridades da minha vida. Isso eu passei a chamar de respeito próprio.
E passei a ver, finalmente, que não há nada igual ou parecido comigo ou com o caminho que faço, porque sou eu (e só eu) quem vai andar através dele.
Ah, e voltei a usar relógio (porque me encontrei e fiz as pazes com o tempo?) e não quero mais me atrasar.
Eu não tenho que deixar me levar por fatos ou escolhas que não são minhas se eu não estiver feliz.
E descobri que "feliz o suficiente" não é "feliz de verdade" - então eu me permiti querer mais da vida e exigir mais das pessoas."

Achei interessante, surpreendente e maravilhosamente verdadeiro :)
Geralmente eu escrevo pra desabafar e não fico lendo depois o que escrevi. Então quando o tempo passa e leio de novo, sem nem lembrar sobre o que era, é engraçado como me surpreende a sinceridade das palavras.
Pode ter cara de auto-ajuda, sim, talvez. Mas é de mim pra mim!

Nat

sexta-feira, 8 de maio de 2009

eu disse que ia mudar!

Ele ainda é o mesmo, eu juro!
Mas eu tava cansada do título e tudo mais, então resolvi sacudir a poeira. Até porque agora me viro bem melhor na tradução, hehe!

Vamos à luta sobre essa mudança toda:
Eu tinha em mente um outro nome (que não vou dizer, senão vai chover de engraçadinho dizendo: "ah, mas esse seria bem mais legal." De jeito nenhum!).
Acabei optando por esse nome porque além de adorar essa música, eu acho que também tem mais a ver com o momento que eu tô vivendo.
Eu não ia DE MANEIRA NENHUMA procurar uma foto na net. Afinal de contas o mundo aí fora tá cheio de coisa interessante pra gente mesmo descobrir e fotografar. Então, se virem essa foto em outro lugar, estejam certíssimos que ela saiu daqui, viu???

Essa viagem ácida é um muro grafitado aqui perto de casa. (A foto anterior também fui eu quem tirei, também aqui no bairro, numa rua movimentada e bacana.) Eu sempre passava pelo muro (naquela mesma rua, por sinal) e olhava admirada esse desenho. Além disso, eu adoro arte urbana (peraí, eu disse arte, ok?)!

Como eu não sou amarradinha, olha aí embaixo as fotos do muro todo.




Ah! E aqui os saudosistas tem vez! Fica aí a logo anterior, hehe!

Novinha em folha!!!

Nat