segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Celebrate we will!

Vamos por partes, tem um bocado de coisa pra contar!

Parte I - tirando a auto-estima da cova
Se Deus existe mesmo e se é que ele tem um tempinho na agenda dele pra mim, acredito que foi ele quem me mandou essa, depois de ter me visto tristinha dias atrás (pelo evento do último post). Escuta só:
Quarta-feira passada participei de um treinamento lá no hotel, só para as camareiras. Simplificando, a coisa era pra que a gente não ficasse boiando a respeito dos pacotes de lazer que o hotel oferece (na verdade, só pra não dizer que a gente não sabe!). Lá estava eu, entendiada e blá blá blá, chato e blá blá, inútil e blá blá... No fim do treinamento tínhamos que simular como se fôssemos o agente de reservas do hotel, numa situação sobre a qual deveríamos decidir qual dos pacotes seria o mais aconselhado para um hóspede fictício e etc. Pimba! Caiu no meu colo a aportunidade de (finalmente!) mostrar pra gerente de treinamentos que eu não sou qualquer mané não! Lá fui eu, até ser interrompida por ela, com surpresa e olhos arregalados: "Você já fez isso antes, tenho certeza!" Enfim...
Seguiu-se naquela tarde um telefonema do RH deles me convidando a participar da seleção interna para agente de reservas. No dia seguinte lá estava eu, preenchendo o formulário de inscrição pra entrevista. E cá estou eu, hoje, aguardando a entrevista ser marcada.
Não tô muito empolgada não, pois não sei quais são minahs chances e não quero me frustrar caso não dê certo. Mas vou tentar, óbeveo!
O que realmente me deixou feliz foi sentir pela primeira vez, desde que cheguei aqui, algo chamado reconhecimento profissional. Finalmente alguém viu com os próprios olhos e acreditou que eu realmente já fiz tudo aquilo que tá lá no meu currículo. Talvez desta vez eles até tenham o conferido com um pouco mais de cuidado e interesse.
Vamos ver no que dá. E mesmo que não dê certo agora, quem sabe numa outra oportunidade.
Minha vó diz que tudo na vida tem sua hora. Que venha na hora certa, é só o que eu quero!

Parte II - Bodas de Papel
Um ano de casados jáááá! Passou rapidim, igual qualquer coisa boa que passa sem que a gente se dê conta!
Pra comemorar, passamos o fim-de-semana em Kangaroo Island, a 1h de carro e mais 1h de ferry daqui. Foi tudo lindo lindo lindo lindo! Tudo no lugar prende a visão e dá vontade de voltar!

Os nativos da ilha! Quase embrulhei e levei pra casa!

Todo o azul do mar
Azul azul como nunca vi!

Todo amor que houver nessa vida!

Te amo, lindeza!!!

O cabelo mais embaraçado da década!

Inventei a expressão: "Dormir como uma foca"!
Olha isso!


Planejando a próxima,

Nat


domingo, 21 de setembro de 2008

Não é ninguém não

Era sexta-feira e eu me sentei feliz pra almoçar.
Nas mesas separadas daquele refeitório não tinha mais ninguém com quem, aparentemente, elas poderiam dividir seu horário de almoço sem se sentirem "constrangidas". Se sentaram à mesa comigo e... nada, nem "com licença".
Minha experiência passada já me dizia que os narizes eram tão empinados que as incapacitavam de olhar nos olhos de "desconhecidos".
Minha experiência atual agora afirma que o nariz chega a lhes tampar a vista e enebriar os boas maneiras. Levantei-me pra voltar ao trabalho e não obtive resposta ao meu "com licença e boa tarde pra vocês". Sorrisos amarelos brotaram.
Barreiras às vezes surgem quando você veste o uniforme de quem limpa quartos e lava banheiros, lá naquele hotel. Podem se erguer ainda mais altas quando você ecoa algum sotaque no vocabulário e tem um nome desconhecido no crachá.
Se isso pra algumas pessoas aqui é o suficiente pra definir limites de convivência, pra mim é suficiente pra querer ficar do outro lado da cerca mesmo, porque nada se perde de quem nada de bom tem pra dar.

Nada sabem sobre mim, mas sei o quando mais tenho de idade, experiência e estudo ,anos-luz à frente delas. Sei o quanto poderia dar a mais (além de quartos impecáveis) e penso o quanto perdem em não me darem a oportunidade de mostrar. Mas prefiro ficar do lado de cá da cerca.
Revoltas e frustrações à parte, não vou querer consertar as pessoas mesmo. Educação vem de berço, já dizia meio milhão de pessoas lá de onde venho.

Nunca me senti separada de ninguém nos lugares por onde passei e trabalhei e sempre tive prazer em me relacionar com todo mundo.
A gente só tem a ganhar quando sabe que estamos todos no mesmo barco, e que não se é melhor que ninguém.
...
Mas não consigo agora deixar de pensar o quanto sou melhor que elas.



No meu nome falta acento, mas ainda sou eu e não sou nada a menos por isso...

Indignada em vão,

Nat

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Terceirizar Amélia


Assim que for possível, se Deus quiser e as condições permitirem.
Olho a casa e penso que Amélia não passou por aqui.
E se toda mulher tem um pouco dela, o que tenho é uma prima de terceiro grau dela, bem fajuta.
Ela habita meu lado de prendas domésticas. E ela é bem mais ou menos.
Logo, a casa tá como tá.
Varrida pra não dizer que tá suja.
Cama esticada pra não dar aquela impressão horrorosa de alguém que tá chegando nos trinta sem gostar de arrumar a cama (o que é verdade) até hoje.
Vasilhas lavadas pra eu não me perder na cozinha.
Roupa lavada pra que a gente não nade nelas, transbordando do cesto quando entramos no banheiro.
Se arrumação tem estilo, o meu é básico. Aquele despretensioso "num repara não!"
E não suporto a espressão "dia de faxina", a não ser que seja feita pela Amélia terceirizada (aí é legal!).
Faço a prestações o que o tempo me permite e meu humor também, na hora que quero e do jeito que me der na telha no momento.
O Sr. Meu Marido não liga que bichos grandes comecem a brotar dos tufos de poeira ou qualquer coisa que se acumule conviva debaixo do mesmo teto que ele. Ainda não sei se isso é bom... unh, talvez.
Tudo isso porque prefiro viver numa arrumação mais ou menos do não ter tempo pro resto que é mais divertido na vida.
Porque nem Cinderela gostava de ser abóbora...

Amélia se revira no caixão depois dessa. E eu num tô nem aí!

Nat

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Co-autor

Porque na vida a gente não faz nada sozinho...
Porque a gente não é nada sozinho, nem ninguém veio do nada.
Então, mais uma do meu pai, pra preencher esse espaço aqui que é meu, mas que adoro recheá-lo com contribuições geniais daqueles que fazem parte de mim.

"Quanto tempo vai durar esta fotografia digital ? Quanto tyempo vai durar este cD , com tantas imagens , tantas informaçoes e lembranças? Onde esta guardado as milhares de imagens , idéias e bobagens escritas todos os dias na internet ? Onde foi parar aqulo tudo que pensava há alguns anos passados ? Será que tudo que foi escrito , durante os meus anos de vida , só interessavam a mim ? Guardaram em que lugar as piadas , as propagandas e imbecilidades virtuais ?
As estantes foram abolidas dos apartamentos , tornando assim o ambiente ¨clean¨, organizado e sem poeira . Uma pane no computador apagou as imagens da sua primeira festa de aniversário ? do casamento ? O photo shop , tira sempre o branco dos meus cabelos . Compro pela internet, trabalho no computador ligado há vários lugares do mundo . Não preciso sair de casa . Vejo os amigos pela Web can . Fecho as cortinas paara a luz do dia , não interferir na imagem do monitor . Não vejo mais o sol .
Um dia quando acoirdei , vi que havia virado um tomaguchi .
Franz Kafka , diria que eu era um outro Gregor Sansa que virou uma barata . Pelo menos as baratas comem,causam pãnico, cruzam . Sou apenas um Tomaguchi , apertando o botaozinho começo a rir , cantar
Por favor eu quero virar uma barata ."

*desenho by Mamys

Todos os créditos e beijos meus para os co-autores!

Nat

sábado, 6 de setembro de 2008

Adaptar-se


aos muitos momentos pelo qual passamos é exercício de paciência e sabedoria. A vida é feita de momentos, porém, mais que isso. Nós somos feitos de momentos.
Não somos um pedaço só, não somos planície. Somos montanhas com vales e picos, estradas que cortam e rios que seguem.
Cliché? Verdade, eu diria. Verdades são clichés, estão por toda parte. A gente é que tem que se virar com elas.

Me chateia não estar sempre numa boa, numa ótima. Porque a saudade me espreita na esquina, a caminho de qualquer lugar.
Não posso negar o isolamento, a solidão que às vezes sopram na minha cara como vento desavisado.
Isso me coloca em momentos, subindo e descendo os morros.
Não tenho paciência pra eles, fico irritada como criança que luta contra o sono. Tempo perdido, eu sinto.

Ou talvez se eu me cobrasse menos de estar sempre nos picos e nunca nas descidas, o próximo pico não pareça tão distante.
Mas tenho raiva desses momentos, queria controlá-los, evitá-los. Ansiedade para que passem, para que se resolvam por si mesmo. Não há nada além de esperar, na maior parte das vezes, para que os pedacinhos se juntem e eu me sinta mais forte, menos despedaçada.
Motivos para sorrir e concluir que sou feliz, sim, tenho vários. Mas os pedacinhos estúpidos que se soltaram nesse momento são cegos a isso.
Um pedaço aqui, outro aí.

Não tô a fim de dizer que não.
É assim que estou.


Nat

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O adeus ao caderninho

Meus caderninhos onde anoto as sandices que coloco aqui (ou não, hehe!) são companheiríssimos. Fico triste quando algum deles chega ao fim. É bom começar um caderninho novo, eles são como "novas fases".
Então esta é uma postagem póstuma (hihi) ao caderninho verde que chegou ao fim semana passada.
Ele agora descansa no gaveteiro do lado da cama, junto com seus outros colegas. Servirá sempre para consultas rápidas, recordações, etc.