segunda-feira, 28 de abril de 2008

Na planície e os tomates

Num livro que terminei de ler há pouco, achei esse trecho aqui:

"(...) e entrando na planície, deve estar estranhando a quietude, porque no plano tudo parece sempre imóvel, tudo exceto o céu: as estrelas, as nuvens, o arco sem luz do horizonte se movem como mansas ovelhas enquanto as coisas na terra não avançam pra lugar nenhum, apenas saltam de escuridão em escuridão."
(Tomás Eloy Martinez - Soberba - O vôo da rainha)

Mariela Silberberg ("Krassy Knoll")

Gostei muito do livro e desse trecho, que me diz sobre coisas que se passam comigo agora. Quero escrever algo a respeito, em breve, assim que meu humor amansar e parar de brigar com a inspiração.
Prometo que vou.
Tenho umas coisinhas chatas pra resolver hoje e não tô a fim de fazer nenhuma delas. Acho que por isso não vai dar tempo de sentar aqui e me ocupar de escrever, que era o que eu queria mesmo fazer hoje. A tarefa que mais tá me irritando é ter de ir ao mercado só pra comprar o tomate, que eu deixei prá trás ontem. Que raiva que fiquei de mim mesma, quando cheguei em casa...
Tomates imbecis...
Vou resolver meus tomates. Não demoro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha lindinha,
para vc, que está "estranhando a quietude da planície", vou transcrever outro autor aqui, em um trecho que me faz lembrar vc:
"nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além de qualquer experiência, teus olhos têm o teu silêncio: no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram (...) teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar me abres sempre pétala por pétala como a primavera abre a sua primeira rosa (...) só uma parte de mim compreende que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas(...)ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas".
poema de E. E. Cummings (tradução: Augusto de Campos)

Bjs, saudades,
mamãe.
*continue ecrevendo!!!