quarta-feira, 7 de maio de 2008

Aquela versão de...

Ironias e risadinhas à parte...
Só porque zoei o coitado do vizinho pelo defeito que ele descobriu quando usou a lavadora, cá estou eu, sem poder sair de casa esperando o eletricista consertar a luz... porque toda vez que ligo a máquina de secar a luz cai... (ninguém mereceeee!)! Lavei as roupas ontem (só ontem consertaram!), fui colocar na secadora e... puff! Roupas no varal desde ontem à tarde, num frio de quinze graus sem sol... adivinha se secou? E nenhuma notícia do eletricista, até agora. Tomara que ele tome choque... um choquezinho de nada, não mata.

Então resolvi escrever um post sobre um assunto qualquer enquanto espero... agora guenta!

Eu tava mexendo na minha pasta de músicas e percebi que tinha duas músicas diferentes que aparecem duas vezes cada, em versões diferentes, com cantores e bandas diferentes... e eu pensei que podia escrever sobre o quanto eu sou aficcionada com versões! Sempre adorei ouvir versões diferentes de uma mesma música e sempre que acho uma que já tenho, mas cantada por outro artista, não me contenho em ir conferir e guardar. É como dar uma outra cor ou interpretação pra algo que você gosta mas que não é seu. É ter os mesmos temperos e criar outro sabor... Enfim, eu tava matutando sobre isso...

Já ouvi versões de músicas cujas originais eu não gosto (ou nunca me atrairam), mas que as versões novas me fizeram gostar das benditas. Essas eu chamo de melhoradas. Exemplo? Eleanor Rigby (tenho preguiça da fase psicodélica dos Beatles). Aí a Aretha Franklin gravou em outro ritmo... e pronto! Foi pra minha coletânea (vulgo Nat's Sessions).
Claro que o oposto também acontece: músicas ótimas virarem um lixo emprestável porque um mané resolveu colocar as mãos e "inventar moda" onde num precisava. Aí você desabafa: "O que foi que fizeram com a música, peloamordedeus!" Já vi (ouvi) isso acontecer vááárias vezes, mas fiz questão de esquecer as malditas pra me aborrecer menos e parar de pensar em matar o fulano que cagou na versão original. Você lembra de alguma? Me conta logo, pra eu não perder meu tempo querendo ouvir inocentemente. Essas eu chamo de cagadas.

Tem aquelas também, que são boas, mas tocadas até a exaustão, aí vem um cara e faz outra versão que fica bacanésima. Aí você consegue escutá-la por mais uns dez anos (na nova versão) e até esqueçe como é a original. Essas são as reinventadas. Comigo aconteceu com Satisfaction (que até o Mick Jagger admitiu não aguentar mais) depois que Natalie Merchant ar-ra-sou com ela numa versão ao vivo. A Janis fez isso com Summertime... que nunca mais foi a mesma!


Ainda tem as intocáveis, que geralmente são clássicas de algum gênero, que a gente não admite que pretencioso nenhum se atreva a inventar versão prá ela, até porque, se são únicas, não adianta nem tentar que ninguém vai fazer nem parecida, muito menos melhorada! Quando acontece essa lástima, geralmente elas entram pra lista das cagadas. Vamos dar nomes a esses bois... na minha opinião, um dos exemplos é o Led, que acredito estar entre as bandas que mais deixaram sua marca de originalidade e genialidade. Neguim não vai se atrever regravar Black Dog, Kashmir, Immigrant Song... porque não vai chegar nem pertoooo! É preciso mais do que colhões e habilidade musical prá fazer isso... é preciso estar disposto a passar vexame!

E pra terminar, não quero deixar de mencionar os artistas-ostras que passam (ou passaram) a vida produzindo pérolas que todo mundo quis e quer gravar uma versão delas, tipo: Otis Redding, João Bosco, Ray Charles, Billie Holiday, Nando Reis, Luiz Melodia, Jorge Ben, etc etc etc. E também os artistas-artistas que criam versões e interpretam (ou interpretaram) originais maravilhosamente, tipo: Elis Regina, Milton Nascimento, Cassia Eller, Aretha Franklin, Joss Stone, Ana Carolina, Frejat, por aí vai...

Agora me conta quais são as suas melhoradas, preferidas, cagadas, intocáveis... seus artistas e ostras preferidos!

E anda logo, porque nesse meio tempo o eletricista já veio, olhou o problema, saiu, comprou uma secadora nova e ligou dizendo que já tá trazendo outra! Hehe! Por essa nem eu esperava! Nem quero mais que ele tome choque! Vou tirar as roupas do varal enquanto espero, tá?

Mariela Silberberg - "Hanging"


Beijos em versões melhoradas!


Nat

5 comentários:

Anônimo disse...

eu tenho uma preferida... é "Killing me Softly With His Song", com a Lauryn Hill cantando.. com aquela batidinha do Fugees, no cd "The Score"... linda demais!

Anônimo disse...

é isso ai moça, Led rocks, Led rules. mas nao esqueça de Little Wing do Hendrix que foi reinventada por SRV e ficou simplesmente ótima, Joe Cocker com with a little help from my friends.

abraçao, to te acompanhado sempre, nunca vou esquecer vcs, e nao precisa ficar emocionada lendo isso, pois vc ja sabia.
Gui.

.Ná. disse...

Oiii! Nossa, eu adorei seu blog. Tem uma música que eu amo na versão original e amo na que fizeram tb... é a Somewhere Over The Rainbow, com a Judy Garland e que a Norah Jones reeditou!
Ah, tem uma tbm que gosto muito... dos Los Hermanos... Acho que é Casa Pré- fabricada... e a Maria Rita cagou...
Beijos

Teresa disse...

Olha só, tem uma versão da "Concrete Jungle", do Bob Marley, feita pela Céu (cantora que adoro), mas achei que não ficou legal. Não foi bem uma cagada, só que a mim não agradou, entende? Nada como as músicas de autoria dela ;)

... disse...

nó cara, eu sou um fãzasso de covers tb... tipo, tenho uma pasta com CENTENAS de versão de todos os tipos.
pra ajudar na procura de covers dô uma dica. baixe já de uma vez tributos inteiros a alguma banda. existem vários muito bons.
do Led q eu sei q existe, lógico, é uma bosta.


aqui, c conhece a versão de Lucy In THe Sky With Diamonds q o Mingau fez?
é a melhor q existe.
Lùuuciana e Càssio, Mingáaaauu!
canta no ritmo da música q c vai vez como é boa, huiahuh...