sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Facebook

Minha saída acontecerá em breve.
Abri aquele Facebook agora pela manhã.
E nada de novo havia, como sempre.
Na escala decrescente da qualidade do que se lê e vê naquela página de atualizações: correntes estúpidas, afirmações idiotas, auto-ajuda cibernética, comentários absolutamente desnecessários (o que fiz, comi, vi, o que me impressionou, o que me emputeceu...). E por fim, fotos que se exibem sem pedir licença. Conteúdo que eu não gostaria de ter visto, jamais. Coisas inúteis que se amontoam na minha tela, que nada acrescentam de bom.

E depois se reclama de falta de tempo para o que é importante...

Além do mais, ninguém quer "compartilhar" nada. Só o que querem é um exercício narcisístico de afirmarem o que têm feito, passado, lido, sentido. Só o que esperam é ter seu comentário comentado por alguém. O ápice da solidão e da carência modernas.
Me mantive nessa rede com o propósito de manter contato, principalmente, com quem está longe.
Mas o email ainda existe e persiste, firme e absoluto. Aquele com "De" e "Para", bem definidos, pessoais e intransferíveis.
Essa mecânica atual de "relacionamentos", essa rede "social" não me serve.
E assim será pra mim.

6 comentários:

jorgil disse...

Já entrei e saí duas vezes nessa rede social. Acho que não voltarei mais. É a coisa mais parva que já vi na vida. Gostei do seu blog, dos seus textos. Voltarei.

rimon disse...

muito legal suas postagens todas bem feita as fotos tão bem tiradas visita o meu lá e comenta e segui ficarei muito grato

Thiago disse...

Isso é tão sincero que chega a me assustar. Não só pela mensagem obejtiva e direta, mas porque eu penso o mesmo.

E tenho percebido que, além disso, as pessoas usam celular incansavelmente. Por exemplo, quando viajo de Campinas para Sampa, cerca de 1h30 de viagem, tem gente que fala no cell o percurso inteiro. É terrível para quem quer descansar um pouco ter de ficar ouvindo conversa dos outros.

Se por um lado elas não podem sustentar um encontro real, por outro elas não suportam ficar sozinhas.

Acho que é uma mistura de solidão com falta de compromisso. E a hipocrisia também é enorme nesse meio virtual. Eu quero mesmo é ver uma pessoa postar no mural que está é fodida, que perdeu o emprego, que traiu o namorado, que teve que trocar o fraldão do avô no meio da noite, que está doente de verdade, que sente saudade de verdade e que se importa de verdade. Mas isso pouco se vê.

Acho que questionamentos como o seu vão começar a ser mais frequentes daqui pra frente. Pessoas com um parafuso a mais já perceberam a cilada das redes das web.

Beijos.

Atitude: substantivo feminino. disse...

Somos duas. Falou e disse.
Não consigo me enturmar.

Anônimo disse...

Bom, muito bom seu post. Vou vim aqui mais vezes.

Abraços.
A Rosa Rocha

umladopoetadeser.blogspot.com.br

zuska disse...

Também comecei por abrir uma conta no facebook para poder manter-me em contacto com amigos de outros países. E confesso, que às vezes é bom saber deles ir só olhando as fotos e deixando uma mensagem para saber como estão!
Agora uso o facebook para partilhar o meu trabalho, mas tal como na vida, observo muitas injustiças. Ali continua a reinar a lei de quem tem mais amigos (mesmo que não os conheçam de lado nenhum), e as pessoas gostam mesmo é de ler constatações idiotas, partilhas desnecessárias e fotos pessoais. Isso tem sempre muitos "likes"!
É o mundo patético em que vivemos..
Mas, em parte, o ser humano é mesmo isto...