segunda-feira, 16 de março de 2009

Na lama do manguezal!

Ando me surpreendendo no quesito "quão longe consigo ir pra fugir do trabalho".
Muuuito, muito longe...
Então!
Era quinta-feira e eu me vi ralando que nem camelo, enquanto coleguinhas espertinhos se ausentavam porque torceram o pé, ou porque precisou cuidar da esposa, porque estava desidratado, e todo um rosário de conversa mole pra boi dormir.
No meio da tarde, desliguei o telefone depois de resolver um pepino-abacaxi-bomba e num silêncio diabólico, afirmei pra mim mesma que no dia seguinte, eu NÃO COLOCARIA MEUS PÉS ALI, por nada nesse mundo!
Liguei pro Rodrigo, contei da resolução: ele ficaria seriamente doente na sexta-feira e eu teria que cuidar dele, passaríamos o dia todo amargando no hospital. Pronto!
Na verdade, o plano era de ir catar carangueijos com o pessoal do trabalho dele naquela sexta mesmo (é, gente, profissão errada, porque é que não decidirmos ser cientistas? Eles podem tirar um dia assim de folga do nada, sem ter que inventar mentiras mirabolantes pra ninguém! Êta vida!).

Mas enfim...
Liguei de manhã cedo pro escritório, contei a história (colou, aqui não se fazem muitas perguntas) enquanto eu colocava o sombreiro e a cadeira de praia no porta-malas!!! Você quer saber se eu não tenho vergonha disso? Ehr... ahn... não.
Fui, não catei nada. Não participo da matança, meu negócio é comer!

Ficamos eu e Marie (Claire) debaixo do sombreiro enquanto eles se enchafurdavam na lama. Me diverti horrores, durante horas!


O colega aí apareceu perto de mim pra dar um alô e até fez pose pra eu tirar fotos!

À noite, comemos carangueijos à moda japonesa, à moda grega e à moda indiana. Carangueijos bilíngues, multicuturados... Lembro de muitas perninhas, champagne, vinho, mais perninhas, carnes branquinhas, eu brincando com o moleque filho do japonês colega do Rodrigo (eu tava bêbada mesmo!), alguém disputando comigo quem pegava a carne mais suculenta sem despedaçar... unh... só flashes na verdade.
Eu tentei parar de comer três vezes, achando que já tinha me empanturrado o suficiente... em vão.


Anamauê!


Nat

Nenhum comentário: