sábado, 31 de janeiro de 2009

Eu sou lerda

Sim, eu sou.
Basta conviver comigo por poucos segundos. Quem me conhece desde pequeniniha sabe. Quem me atende na fila do supermercado também. Meu pai me apelidou de "zé pêra" por isso. Meu marido se diverte às custas disso. E eu sei, como sei, a proporção dantesca que isso toma às vezes.
Não que eu ache "bonitinho"assumir que sou lerda. Não, não acho, nem me promovo às custas disso fazendo graça.
Mas é engraçado? Sim, às vezes, depende. A desgraça pode sempre carregar um quê de graça. Mas quando a lerdeza se aplica em situações cruciais, eu me envolvo em ódio por essa pessoa que não presta atenção nas coisas como deveria. Sim, sou eu, muito prazer.

Mas vamos falar do tempo.
Quando se vive em uma cidade onde as temperaturas atingem impiedosos 43 graus (centígrados), não tem como não falar sobre o tempo. Quando o vento sopra, você sente que um imenso secador de cabelo está sobrevoando a cidade e baforando aquele vento seco e insuportavelmente quente. Aí você se pergunta: "Mas quando é que o vento fresco vai bater?". Nunca. O vento da Antártida tira férias no verão. Ele mata a gente de frio no resto do ano, mal deixa as pessoas andarem na rua sem serem "ventadas" pra longe. Mas ele não aparece no verão, não senhor. "Mas e se a gente for pra sombra? E se fizer o caminho de volta pela beira da praia?". "Uma hora vai ter uma brisa", a gente presume... Não não, mesmo assim, nada de vento fresco, nem na janela do carro em movimento.
Quando os metrôs e bondes pararam de circular durante o dia porque os trilhos dilataram muito, comecei a pensar que a coisa tava ficando mais séria do que esperava. E isso aconteceu todos os dias dessa semana. Colocaram ônibus pra repor, mas Murphy tratou de fazer com que eles não tivessem ar condicionado, salvo raras exceções. Falando em desgraça, 22 pessoas morreram essa semana por causa da tal onda de calor, essa que dilatou os trilhos e tal. Sair de casa é tarefa pra corajosos (ou desafortunados) que inevitavelmente precisam trabalhar e coisas do tipo. Ou idiotas, como falarei a seguir.
Quinta-feira, minha supervisora (idiota número 1) tava toda empolgada porque ia tirar sexta de folga pra ir a um tal festival de música ao ar livre, chamado "The Big Day Off". Bom pra ela, pensei.
Acordei na sexta, começava a trabalhar ao meio-dia. Sabia que o bonde não ia funcionar. Caminhei até onde peguei o ônibus substituto no dia anterior, cheguei lá com os miolos bem-passados. Escutava iPod (alto). O motorista, na porta do ônibus, gritava alguma coisa pra qual não dei idéia. "Claro que ele tá dizendo que é o ônibus pro centro", pensei eu, sempre assumindo os fatos da vida como certos. Entrei no ônibus, seguida por um bando de adolescentes, todos de chapéu, óculos escuros, roupas bem "praianas", parecia uma excursão. Estranho, pensei.
"Será que esse ônibus é de alguma excursão desses hotéis aqui perto? Não, não ia estar aqui no mesmo lugar dos ônibus comuns".
Partiu o busão, fazendo o mesmo caminho do de ontem. "Mas estranho, já estamos na metade do caminho pro centro e ele ainda não parou em ponto nenhum..."
Mas ele de repente virou numa rua, onde vi pela janela vários outro idio... digo, adolescentes de chapéu, todos caminhando numa mesma direção, a mesma por onde o ônibus seguia.
"Ops, peguei o ônibus pra algum outro lugar..."
"unh... adolescentes...festival... Big Day Off!"
"Ahn... Eu peguei o ônibus especial pro festival ao invés do ônibus substituto."
"Mas que idiota coloca especiais pra lugares diferentes sem plaquinha, saindo do mesmo lugar?"
"Que idiota sou EU, pra não perguntar antes de entrar?"
"Era isso que o motorista gritava na porta quando entrei no ônibus, era isso!!!!"
...
Eu tinha que falar do tempo, eu tinha que explicar sobre a lerdeza que me acomete.
Porque andar a pé e esperar15 minutos outro ônibus vir no sol de 43 graus sem poder culpar ninguém além de mim mesma... é revoltante!!!!!!!

Com calor, muito calor

Nat

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Existe coisa pior...

do que a falta de assunto?
Ainda mais aqui, acho péssimo. Ultimamente ando mais lendo e matutando do que escrevendo.
Eu amo escrever. Escrevo compulsivamente, pelo menos duas linhas, nem que seja uma vez no dia.
Então ando com meias linhas mal-escritas e desconexas que não quero postar aqui, a não ser que haja um contexto, sacou?
Pra não ficar falando do tempo (falando nisso, os temíveis 40 graus já estão ensaiando aqui), vou contar novidades e amenidades da transição 2008-2009 e desses últimos dias.

*Tivemos um Reveillon bacanésimo na casa de amigos tupiniquins bacanésimos, com direito a cachaça, lentilhas, fogos na praia, pular ondas e ihc! Apareceu um bando de uns 30 caras pelados na praia, correndo pro mar na hora dos fogos, ninguém entendeu nada, mas todo mundo se divertiu, hehe!

(acima) Rodrigo, eu, Sheila (com a Mel a bordo), Carlos, Renata, Elton e Iná.
Tava friiio!!!


Olha a Seleta!!!


Ooops!

*Resoluções de ano novo? Compramos cadeiras de praia, sombreiro e máscaras de mergulho. Praia todo fim-de-semana! To gastando horrores com filtro solar e ainda assim estamos ficando encardidos...
E ainda insistimos levar cerveja pra praia mesmo sendo proibido beber em alguns lugares (todo mundo leva!). Eita o tal jeitinho brasileiro!

Petisco de tubarão! Nham!

Notícias? Estou trabalhando menos horas, vamos passear em Sydney no meu níver (tá chegando!), minha mãe voltou a pintar mesmo (ela me mandou essa aí embaixo, que ela tá fazendo pra presentear uma amiga) e esse foi a notícia do ano até agora!


Bom, atualizei! Enfim!

Beijos!

Nat